Produtor coloca a mão na massa e produzirá suas próprias MPBs
01-02-2018

O projeto final da Associação dos Produtores de Cana da Região de Jaú (Associcana) , com o IAC, assinado em 15 de setembro de 2017, tem como objetivo principal mostrar aos produtores uma nova forma de plantar cana-de-açúcar, através do uso das Mudas Pré-Brotadas (MPBs), um sistema que rompe um paradigma centenário. “O modelo de plantio atual é o mesmo desde quando a cana chegou ao país. Agora, com as MPBs, o plantio é feito, não mais com toletes, mas com mudas já formadas. Com elas, o produtor tem a garantia de estar plantando uma cana sadia e que entregará maior produtividade”, ressalta Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do IAC.

Dentro do projeto, os produtores de Jaú terão a oportunidade, não apenas de conhecer a tecnologia, mas participar ativamente do processo de produção. “A ideia é produzir MPB junto com o agricultor.”

Tudo começa no Centro de Cana do IAC de Ribeirão Preto/SP, onde é feita a fase inicial do processo de produção das MPBs. As gemas brotadas saem do local tratadas e registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e partem para a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) de Jaú, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

Durante todo o período do projeto, os produtores associados utilizarão a estrutura dessa UPD para realizar a fase de aclimatação e rustificação das mudas, últimas etapas do processo. Uma vez prontas, as MPBs partem para o campo, onde os produtores terão todo o auxílio dos técnicos da Associcana e do IAC para montar seus campos de MPBs, sejam eles viveiros ou áreas comerciais. “Neste modelo de programa, o produtor coloca a mão na massa, ou seja, todas as mudas que serão posteriormente utilizadas em suas fazendas foram produzidas por eles mesmos. É um sentimento gratificante para todos”, destaca Xavier.

O pesquisador explica que, após a conclusão do projeto, os produtores terão a capacidade de montar uma estrutura de finalização das MPBs em suas propriedades. As mudas produzidas poderão ser utilizadas em seus canaviais ou, até mesmo, comercializadas para terceiros.

Caso o produtor não queira adquirir essa estrutura, poderá continuar utilizando da UPD de Jaú para aquisição das mudas. “Não queremos simplesmente entregar material genético, mas qualificar o agricultor para fazer o uso de novas tecnologias que poderão entregar grandes ganhos de produtividade. Além disso, ele irá resgatar algumas operações básicas no processo de produção da cana, como ter uma área de viveiro dentro da propriedade para não ficar dependente de alguma instituição ou usina.”

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