Produtor de cana não, produtor rural!

09-02-2017

A cana pode ser até a principal atividade, mas não é mais a única

O Brasil conta com cerca de 70 mil agricultores que cultivam cana-de-açúcar. A produção segue para unidades sucroenergéticas, ou é transformada em açúcar mascavo, melado, rapadura, cachaça, garapa ou como volumoso para o gado.

Os pequenos e médios produtores respondem por quase 90% desse montante e cerca de 30 mil têm a cana como cultura principal, em muitos casos, a única, por isso, passaram a ser chamados de produtores de cana, ou fornecedor de cana, no caso dos que comercializam a matéria-prima para as usinas.

Mas nos últimos anos, a diversificação de culturas passou a fazer parte da rotina desses agricultores, que cada vez mais adotam o conceito de culturas casadas ou intercalares. Na mesma área, a cana passou a receber a companhia do amendoim, soja, milho, feijão, e em áreas de topografia mais acidentada tornou-se vizinha do café, eucalipto e até da nós macadâmia.

Os silos de grãos ganham espaço nas áreas das cooperativas canavieiras, assim como palestras sobre as mais diferentes culturas e até pecuária, compõem as programações das associações de cana. Esses agricultores, além de buscarem pelo valor do açúcar e do etanol, também querem saber sobre a cotação da soja, do milho, do boi gordo e sobre o mercado do amendoim. E quando vão a uma feira agrícola não se interessam mais só por produtos, máquinas e implementos canavieiros. Agora, são mais do que produtores de cana, são produtores rurais,

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