Produtor de cana reivindica pagamento por palha
06-05-2015

Na maioria dos estados produtores, o sistema que rege a remuneração da cana é o Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool), uma associação formada por representantes das indústrias de açúcar e álcool e dos produtores de cana.

O conselho criou um sistema de pagamento da cana-de-açúcar pelo teor de sacarose, com critérios técnicos para avaliar a qualidade da cana-de-açúcar entregue pelos plantadores às indústrias e para determinar o preço a ser pago ao produtor rural. O sistema tem adoção voluntária. Pelo sistema, o valor da cana-de-açúcar se baseia no chamado Açúcar Total Recuperável (ATR), que corresponde à quantidade de açúcar disponível na matéria-prima subtraída das perdas no processo industrial, e nos preços do açúcar e etanol vendidos pelas usinas nos mercados interno e externo.

Mas, a energia elétrica passou a ser o produto mais remunerador do setor, por isso, a incorporação da palha de cana ao bagaço para aumentar a quantidade de biomassa e, assim, de energia, ganha maior proporção nas usinas. Essa nova prática tem levado o produtor de cana a reivindicar ou pelo menos desejar remuneração da biomassa no caso de comercialização de energia, Antonio Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica, diz que esse não é tema que caiba discussão no Consecana, pois este sistema trata dos produtos oriundos da sacarose, como açúcar e etanol. Mas já se fala na criação de um outro conselho para debater a questão, o Consepalha.

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