Produtores da CanaCampo apostam na soja, mas deverão começar um “namoro” com o amendoim
11-07-2016

Os produtores agrícolas associados à CanaCampo (Associação dos Produtores Rurais da Região de Campo Florido), no Triângulo Mineiro, além de fornecerem cana-de-açúcar à Usina Coruripe para produção de etanol e açúcar, também são tradicionais produtores de soja.

Segundo Rodrigo Piau, coordenador agrícola da Associação, a média de produtividade da soja cultivada pelos produtores da Canacampo na região é muito boa. “São 55 sacos por hectare”, diz. O grão é cultivado nas áreas de reforma dos canaviais, que corresponde em cada safra entre 10% e 15% da área total dos associados da Canacampo – cerca de 57 mil hectares. Sem contar que a entidade tem produtor associado que apenas se dedica à soja. Todo grão que produzem na Canacampo é destinado a grandes compradores de soja, como Cargill e ADM.

Mas uma nova alternativa agrícola está no radar da Associação: a produção de outro grão, o amendoim – cultura já largamente utilizada em outras regiões canavieiras do país no sistema de rotação de cultura, como Ribeirão Preto, Jaboticabal e Araraquara, no estado de São Paulo.

“Com o amendoim, vamos apenas começar um ‘namoro’. Será mais uma opção para o nosso agricultor em relação à soja.” Ao longo deste mês de julho, a Associação receberá alguns especialistas de Jaboticabal com o propósito de levar a tecnologia do amendoim para os associados da Canacampo. “Vamos fazer uma reunião com nossos produtores de Campo Florido para apresentar mais essa opção de renda.”

Mas tudo tem que ser muito bem estudado: a viabilidade econômica do cultivo do amendoim na região, a logística de escoamento da produção, o contrato. No entanto, segundo Piau, já se sabe que a cultura do amendoim não apresenta entraves agronômicos na região. “Com o melhoramento genético, se conseguiu que este grão atingisse boas produtividades mesmo em áreas arenosas. E temos aqui no Triângulo Mineiro áreas mais arenosas em que consigo produzir o amendoim com melhor qualidade.”

“Primeiramente vamos começar um ‘namoro’ com esta cultura, quem sabe saia um ‘casamento’ mais para frente”, reforça Piau.

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