Produtores torcem para que geada não atrapalhe o desenvolvimento da cana
08-07-2019

O produtor Adhemar Pereira Alves confere a geada no canavial. Fotos de Elizabeth Almeida Alves, de Quirinópolis
O produtor Adhemar Pereira Alves confere a geada no canavial. Fotos de Elizabeth Almeida Alves, de Quirinópolis

Canaviais de Quirinópolis, Goiás, também foram atingidos pela geada deste fim de semana

 

Na manhã deste domingo, 7 de julho, a família Almeida Alves, proprietários da fazenda Esmeralda, em Quirinópolis, GO, pulou cedo da cama. Produtores rurais, a família correu para o campo para conferir se havia ocorrência de geadas, após a noite gelada. Às 7 da manhã, a temperatura era de 5 graus, e Adhemar Pereira Alves e seus familiares encontraram um cenário de gelo sobre a palhada da cana já colhida e nas folhas dos canaviais.

A imagem até que era bonita, mas pode representar perdas. Mas, felizmente, o produtor e sua família analisaram que essa geada não deverá apresentar impactos negativos no canavial, pois a concentração de gelo foi maior nas áreas de baixada e o sol forte eliminou o gelo mais rapidamente.

Eles torcem para que o estresse provocado pela geada não atrapalhe o desenvolvimento da cana. Há dois anos, ocorreu uma geada semelhante e não houve danos. Fato que aumenta a esperança da possibilidade de que, novamente, a cana não sofra.

Após a geada, o que de melhor pode acontecer é: não haver danos na cana e a geada reduz a quantidade de insetos no canavial, uma vez que o frio é o melhor controlador natural de pragas.

Porém, a família vai observar de perto qual a reposta da cana após a geada, pois no caso de danos com maior proporção, precisarão tomar providências para reduzir o impacto.

A fazenda Esmeralda conta com 92 hectares, os canaviais com média de idade de sete cortes, tem produtividade média de 79 toneladas de cana por hectare. A produção é fornecida para  a Usina Boa Vista, unidade do Grupo São Martinho em Quirinópolis.

 

Geada na folha da cana

 

Palha da cana com gelo