Programa Vive realiza a rastreabilidade da cadeia produtiva de açúcar
28-05-2020

Apenas cinco por cento do produto que movimentamos no mundo está rastreado, desde o plantio de cana até a entrega do açúcar em uma indústria

Renato Anselmi

A sustentabilidade da produção do açúcar, que gera benefícios para o meio ambiente, para as pessoas e para a economia, é um aspecto que pode reverter a curva de declínio no consumo desse produto. Essa avaliação é de Tiago Medeiros, diretor presidente da Czarnikow no Brasil, trading global que movimenta 10% do açúcar negociado no mundo.

Para ter inclusive mais controle da sustentabilidade de todo o processo, a Czarnikow lançou o Vive, um programa de rastreabilidade da cadeia produtiva de açúcar. “Cinco por cento do produto que movimentamos no mundo está rastreado, desde o plantio de cana até a entrega do açúcar em uma indústria. É feito um rastreamento por meio de um software que consegue criar indicadores e sustentabilidade para mais ou menos 110 itens, como utilização de água, emissão de gases, utilização de trabalho, produtividade”, detalha.

Tiago Medeiros explica que o programa se adapta a cada cliente. “É um database de pontuação. A Coca-Cola pode acoplar o programa de sustentabilidade dela em nosso sistema. E a partir disso conseguimos gerar para a empresa qual é o impacto sustentável da cadeia de açúcar que estamos entregando, usando os critérios da Coca-Cola, que podem ser diferentes dos critérios de outra indústria”, exemplifica.

O programa Vive é de melhoria contínua. “Temos rastreado mais ou menos 5% de todo açúcar originário no Brasil por esse programa. No ano passado exportamos 100 mil toneladas de produto rastreado. Neste ano devemos exportar 250 mil toneladas, de um total de 2,5 milhões de açúcar rastreado, para consumidores industriais ao redor do mundo”, informa.

Quando a usina ou o produtor de cana adere ao programa, ocorre a auditoria uma vez por ano. O cliente recebe uma pontuação. E a Czarnikow estabelece metas de melhorias para os próximos três anos. O Vive está sendo introduzido também na Austrália, Tailândia, África do Sul e América Central. “Temos encontrado pontuações muito mais elevadas no Brasil do que em outros países por conta da integração da cadeia de valores”, destaca Tiago Medeiros.

Fonte: CanaOnline