Próxima edição da CanaOnline trará análises sobre o que pode acontecer com as usinas em recuperação judicial
21-03-2016

Desde 2008, empresas do setor sucroenergético fizeram 79 pedidos de recuperação judicial (RJ). Dessas, nem todas estão moendo. 

Para Marcos Antonio Françóia, diretor da MBF Agribusiness, é difícil afirmar quantas desse total vão se recuperar. “Porém, aquelas que estão de alguma forma cumprindo o plano aprovado e não estão se endividando, fazendo vendas antecipadas de safra (visto que crédito bancário acaba com o pedido de Recuperação Judicial), terão grandes chances de recuperação com o mercado em alta.”
Segundo ele, é muito comum as críticas às empresas e empresários que utilizaram desse recurso, feitas principalmente por executivos de instituição financeiras. O primeiro impacto do mercado, quando há o pedido de RJ, são acusações e críticas, que muitas vezes são estimuladas pela sensação de perda por parte do credor. É que numa RJ todos os envolvidos estão perdendo, mas podem perder muito mais se não sentarem para tratar sobre a melhor forma de condução do processo.
Muitas críticas dos credores são fundamentadas, pois alguns planos apresentados pelas usinas em recuperação ferem a Lei que trata de reestruturar empresas viáveis economicamente. Mas o que se vê no momento, de acordo com Françóia, são instituições financeiras se unindo para dar o fôlego necessário para as empresas que apresentem um plano de reestruturação operacional e econômica que mostre a viabilidade, mesmo que em prazos superiores a cinco anos.
Isso tem diminuído a busca pela RJ, mas é um trabalho de negociação que precisa de uma intermediação entre bancos e credores que promova a credibilidade do empreendimento. “As empresas, desde 2008, que entraram nesse processo, sempre tiveram a expectativa do mercado melhorar, porém algumas não tiveram fôlego para chegar a esse momento”, pontua o diretor da MBF.
Na Editoria Holofote, da próxima edição da Revista CanaOnline, Françóia e outros especialistas do setor sucroenergético apresentam suas opiniões sobre o que pode acontecer com as empresas que entraram em recuperação judicial. A próxima edição da CanaOnline estará no ar a partir de 1º de abril.

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