“Próxima safra deverá ser menor do que a atual”, afirma presidente da Canaoeste
22-12-2017

Estresse hídrico em longo período do ano afetou o desenvolvimento do canavial, o que deve impactar a produção em 2018/2019

Andréia Vital

A falta de chuva entre junho e setembro deste ano prejudicou a formação do canavial, provocando falhas e a perda de produtividade, impactada também pelo alto índice de incêndio em 2017. “Na safra passada, produzimos 605 milhões de toneladas no Centro-Sul; nesta atual, devemos chegar a 590 milhões de toneladas e a previsão para a próxima safra é de 570 milhões de toneladas, isso porque faltou chuva: teve regiões com 120 dias sem chuvas, outras com 90 dias, o que prejudicou a brotação e o desenvolvimento da cana”, afirma o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan.

“O canavial mais novo, menos produtivo, com falhas e com menos tempo de crescimento, já que voltou ao seu processo fisiológico somente a partir de setembro, certamente produzirá menos cana”, reforça o executivo, comentando que o mix no próximo período deverá ser maior para o etanol, ao contrário do que se concretizará nesta safra.

Com relação ao ciclo atual, Ortolan afirma ter sido positivo e a movimentação dos cerca de dois mil associados da Canaoeste deve girar em torno de 9 milhões de toneladas. “Nós conseguimos trabalhar dentro do nosso orçamento, seguindo com a proposta de modernização da associação, com a remodelação no nosso sistema e hoje a regra é gastar o que se recolhe de taxa”, explicou, fazendo referência à implantação do plano estratégico para os próximos 10 anos da Canaoeste, concebido a partir do projeto Caminhos da Cana, que mapeou as principais iniciativas a serem implantadas pela entidade em sua área de abrangência nos próximos anos, a exemplo do que foi feito na Orplana – Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil.

Sobre o RenovaBio, o presidente da Canaoeste afirmou estar esperançoso e ansioso para a aprovação definitiva, visto que, até a política entrar em plena execução,levará ainda um tempo, mas que já representa uma nova etapa para o setor sucroenergético. “Nós tivemos a implantação do Proálcool; depois, a segunda etapa, com o carro flex, e esta seria uma terceira etapa de desenvolvimento. É um programa que casa a agroindústria com o meio ambiente, com o social, com a geração de emprego, com a renda, portanto estamos torcendo bastante para que essa iniciativa seja aprovada definitivamente e impulsione o segmento”, conclui.

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