Qual o destino das usinas em recuperação judicial?
01-04-2016

Com preços melhores, não teremos fechamento de unidades

Marcos Antonio Françóia, diretor da MBF Agribusiness

Há uma confusão nos números divulgados pelo mercado. Foram feitos 79 pedidos desde 2008. Porém algumas unidades encerraram suas atividades no meio do caminho, tendo a decretação de falência por não cumprirem o plano. Outras foram adquiridas por outros grupos. Mas pedidos na justiça, com concessão para dar seguimento ao processo, foram 79. Dessas, nem todas estão moendo.

É difícil afirmar quantas se recuperam, pois não temos os detalhes de todas, após a aprovação do plano. Porém, aquelas que estão de alguma forma cumprindo o plano aprovado e não estão se endividando, fazendo vendas antecipadas de safra (visto que crédito bancário acaba com o pedido de Recuperação Judicial), terão grandes chances de recuperação com o mercado em alta.
As empresas, desde 2008, que entraram nesse processo, sempre tiveram a expectativa do mercado melhorar, porém algumas não tiveram fôlego para chegar a esse momento. As que estão se mantendo ou que entraram recentemente com o pedido, têm chance maior de recuperação.

Com preços melhores, não teremos unidades fechando, pois alguns grupos poderão assumir essas unidades e outros irão se recuperar ao longo do tempo. É o que eu acredito. Estamos vivendo, como consultoria, um movimento de procura, por parte de alguns investidores, por aquisição de unidades que tenham seu passivo alongado e em boas condições operacionais, o que diminuiria a necessidade de desembolso imediato na compra. Todavia, ainda acho que é preciso muita cautela, pois não dá para medir o real apetite e condições desses investidores.

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