Raízen foca a excelência operacional
02-12-2016

A Raízen tem como mix atual a produção de 55% de açúcar e 45% de etanol

Na opinião de Eduardo Calichman, diretor industrial da Raízen, hádois tipos de possibilidade de crescimento e ampliação da produção açucareira: crescendo a produção com os ativos disponíveis e aumentando a capacidade (fábrica de açúcar). O grande foco da indústria nesse momento de valorização da commodity está na potencialização dos ativos.

A Raízen, que é um dos grandes produtores e exportadores mundiais de açúcar, tem como mix atual a produção de 55% de açúcar e 45% de etanol. A estratégia da companhia está atrelada à demanda, podendo sempre alterar um pouco este mix de acordo com o mercado.

As unidades da Raízen têm capacidade total de produção, por ano-safra, de aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de açúcares (branco e VHP). Atualmente, das 23 unidades do Grupo, apenas uma produz apenas etanol, a de Jataí, GO. Outras duas fabricam apenas açúcar: São Francisco, em Elias Fausto, SP, e Tamoio, em Araraquara, SP. As demais 20 unidades da companhia produzem tanto açúcar como etanol, sendo que a usina de maior capacidade é a Usina da Barra, localizada em Barra Bonita, SP.

De acordo com Calichman, num ano bom para o açúcar, fazer o arroz com feijão bem-feito, bem temperado, assegura a fabricação de mais açúcar na indústria. Para isso, é preciso foco na excelência operacional, com disseminação das boas práticas de produção. “O que temos feito é maximizar a tecnologia com os ativos que temos hoje e obter o maior aproveitamento da cana moída, seja ela destinada a açúcar ou a etanol.” Além disso, a empresa tem investido para melhorar o grau de automação das operações, sempre visando níveis ótimos nos processos.


Como nas demais empresas do setor, as unidades da Raízen enfrentam a elevação do índice de impurezas que chegam com a cana na indústria. “Isto dificulta o processo produtivo. O que temos buscado é trabalhar da forma mais integrada e sinérgica entre as áreas agrícola e industrial, para conviver com as impurezas.”

A empresa tem melhorado o corte mecanizado, tentando minimizar o problema. Além disso, algumas unidades do Grupo já possuem o sistema de limpeza a seco. Outra via é soprar mais as impurezas na lavoura.

Tanto em momentos de crise, como de bonança, é preciso olhar para as práticas desenvolvidas, na agrícola e na indústria, a fim de que se adote sempre as boas práticas. “Apenas assim atingimos melhor nossos objetivos, com produtos de qualidade”, diz a professora Márcia. “E quando aumenta eficiência e o rendimento, automaticamente se diminui o custo de produção e o produtor vai ser bem remunerado no final do processo.”

E depois de anos de baixa remuneração, é hora de cuidar dos detalhes para aproveitar bem esta doce temporada de bons preços.

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