Raízen: moagem de cana soma 35,1 milhões de toneladas no segundo trimestre da safra 2025/26
23-10-2025

A Raízen divulgou na noite de quarta-feira (22) a sua prévia operacional do segundo trimestre da safra 2025/26 (2T/25-26). Os resultados preliminares mostram que a companhia encerrou o intervalo com alta na moagem e maior produção de açúcar.
No segundo trimestre da safra 2025/26, a moagem de cana-de-açúcar da Raízen totalizou subiu para 35,1 milhãões de toneladas, de 32,9 milhões de toneladas no 2T do ano-safra 2024/25. Além disso, a empresa registrou queda na produtividade agrícola, com ATR (Açúcar Total Recuperável), para 142 kg/ton, de 147 kg/ton, na comparação anual. A empresa disse que o clima do trimestre favoreceu a aceleração da colheita.
A redução da produtividade agrícola e da disponibilidade de cana no acumulado do ano-safra, para 133 kg/ton, de 136 kg/ton, é decorrente: (i) dos impactos climáticos e queimadas ao longo da safra passada, (ii) da geada em determinadas regiões; e (iii) pela venda de 1,3 milhão de toneladas de cana, visando à otimização dos ativos, bem como da desmobilização da Usina Santa Elisa.
A empresa disse que a qualidade da cana viabilizou a maximização da produção de açúcar. A produção de açúcar equivalente passou de 3,7 milhões de toneladas no 2T/24-26, para 4,8 milhões de toneladas no 2T/25-26. No acumulado do ano, o indicador caiu de 8,3 milhões de toneladas para 7,6 milhões de toneladas.
O mix de produção no 2T/25-26 ficou em 56% açúcar e 44% etanol, de 52% e 48% um ano antes.
As vendas de açúcar caíram de 2,1 milhões de toneladas no 2T/24-25, para 1,5 milhão de toneladas no 2T/25-26. Segundo a empresa, o ritmo dos embarques alinhado ao plano da safra atual. Na safra anterior, o ritmo vendas foi atípico, com maior concentração no primeiro semestre.
Já as vendas de etanol recuaram para 817 mil metros cúbicos (m3), de 974 mil m3, enquanto a produção de etanol de segunda geração (E2G) cresceu para 42,9 mil m3, de 15,0 mil m3, impulsionada pelas plantas Univalem, Barra e Bonfim.
Na bioenergia, a cogeração caiu de 783 mil MWh para 755 mil MWh, afetada pela menor disponibilidade de biomassa.
No segmento de distribuição de combustíveis, a empresa reportou uma estimativa de expansão dos volumes comercializados no Brasil para um intervalo entre 7,4-7,5 milhões de m3 no 2T/25-26, de 7,0 milhões de m3 no mesmo intervalo do ano-safra anterior, e para 14,15-14,25 milhões de m3 no acumulado do ano, de 13,71 milhões de m3 no acumulado do ano passado. A previsão está “em linha com o Plano Operacional e avanço das medidas de combate ao mercado ilegal”, disse a Raízen.
Para o mercado argentino, a empresa também estima aumento anual do volume comercializado, de 1,6 milhão para 1,75 mi a 1,8 milhão no 2T/25-26, e para 3,45 milhões a 3,55 milhões de m3 no acumulado do ano-safra.
Os resultados completos e auditados serão divulgados em 14 de novembro, após o fechamento do mercado.
Cynara Escobar – (Safras News)
Grupo CMA