Raízen vê melhora nas margens da distribuição e forte contribuição do E2G em lucro futuro
13-09-2023

A empresa segue avançando em seus planos de construção de 20 plantas de etanol de segunda geração (E2G) entre 2030 e 2031

Por Stella Fontes — São Paulo

Após um início de ano difícil, o negócio de mobilidade (distribuição de combustíveis) da Raízen deve reportar margens “significativamente mais fortes” neste segundo trimestre do ano-safra 2023/24, em relação aos três meses anteriores, disse há pouco o presidente da companhia, Ricardo Mussa.

Ao mesmo tempo, conforme o executivo, a Raízen segue avançando em seus planos de construção de 20 plantas de etanol de segunda geração (E2G) entre 2030 e 2031, com a produção de 1,6 bilhão de litros por ano partindo da produção agrícola existente e contribuição de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões para o resultado final da companhia. A Raízen já tem uma planta em operação e tem cinco em construção ao mesmo tempo. A segunda unidade será inaugurada neste mês.

No negócio de distribuição de combustíveis, o aumento de 16% na oferta de diesel no mercado doméstico entre abril e junho, na comparação com os três meses anteriores, e a entrada de combustível importado a preços mais baixos levaram a fortes perdas com estoques pela distribuidoras no geral. “Foram 29 semanas consecutivas de queda de preço”, disse o executivo, durante o Cosan Day.

Desde julho, porém, o diesel importado está mais caro que fornecido pela Petrobras, beneficiando distribuidoras, como a Raízen, que tem cotas superiores com a estatal. “Então, temos um trimestre com ganho de inventário, mercado mais enxuto e margens significativamente melhores do que no primeiro trimestre [do ano safra 2023/24].

Além disso, comentou Mussa, a companhia está trabalhando com uma redução de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão em investimentos previstos para o ano, mais R$ 500 milhões em corte de custos em toda a organização.

Conforme o executivo, no negócio de açúcar, a expectativa é de manutenção dos preços em patamares elevados, o que deve resultar em retornos “muito fortes” nos próximos anos. “Açúcar é uma prioridade da companhia. Vamos surfar [nos preços elevados] em um momento de produtividade alta”, disse.

Fonte: Globo Rural