RB867515 se mantém como variedade de cana mais cultivada no Centro-Sul, mas vê pelo retrovisor a CTC4 e RB966928
23-11-2022
As informações sobre área plantada seguem na mesma linha, com a RB867515 na liderança (12%), acompanhada pela RB966928 (11%) e CTC4 (10%)
Nesta terça-feira (22), o Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) realizou a última reunião do Grupo Fitotécnico de Cana de 2022. Um dos destaques da programação foi a divulgação do Censo Varietal Safra 2022/23 do Centro-Sul do país.
O pesquisador e coordenador do projeto, Rubens Leite do Canto Braga Júnior, ressaltou que o Censo do IAC é o maior do Brasil, tendo como objetivo principal levantar informações sobre as áreas de variedades no maior número possível de unidades produtoras, englobando usinas, destilarias, associações e grandes fornecedores.
Até o momento, foram levantados dados de 222 empresas produtoras em uma área de 6 milhões de hectares nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Tocantins.
Os dados revelaram que a RB867515 segue como a variedade mais cultivada no Centro-Sul, com 15% de participação, seguida de perto pela CTC4 e RB966928, com 13% cada. CTC9001 (6%) e RB92579 (4%) integram o Top 5 da região. As informações sobre área plantada seguem na mesma linha, com a RB867515 na liderança (12%), acompanhada pela RB966928 (11%) e CTC4 (10%).
Já o censo por estado revela que, nos canaviais paulistas, os materiais mais cultivados na safra atual são RB966928 e CTC4, com 15% de participação cada. Em seguida, aparecem a RB867515 (10%), CTC 9001 (7%) e as RB975242 e RB975201, ambas com 4% cada. As duas líderes de cultivo também aparecem como as mais plantadas, com 11% cada. Na terceira colocação, está a RB975242 (10%).
Nos demais estados, a RB867515 segue como a variedade mais cultivada. Em algumas regiões, com números extremamente altos, como no caso do Paraná (32%), Mato Grosso (32%), Bahia e Tocantins (32%) e Mato Grosso do Sul (20%). Goiás e Minas Gerais são os únicos com índices relativamente mais baixos: 18% e 14% respectivamente.
Braga Júnior afirmou que o setor está renovando pouco, porém, o índice de concentração varietal está caindo, chegando a um nível de excelência. "Atualmente, nenhuma variedade possui um índice de concentração acima de 15%."
Fonte: CanaOnline