Reforma de canavial não pode comprometer a disponibilidade de cana
04-11-2016

Mathias observa que a Coruripe trabalha para ter um canavial longevo, mas isso exige cuidado

Para Mário Sérgio Mathias, gerente corporativo de Planejamento Agrícola do Grupo – Polo Iturama, egora é momento de correr. Isso significa, investir para ter muita cana, matéria-prima, para ser transformada em rentabilidade.” Na Coruripe, temos um plano macro de expansão de plantio – fazemos uma projeção enxergando quatro, cinco, seis anos à frente. Atualmente, temos uma idade de canavial preocupante, por mais que esteja com produtividade excelente. A idade hoje do polo Iturama gira em torno de 3,8 e 3,9 anos. A Usina Iturama, em si, está em 4,1 anos, mas com produtividade altíssima.”

Mathias observa que a Coruripe trabalha para ter um canavial longevo, mas isso exige cuidado. Essa análise agronômica que é feita deve definir o limite da idade da renovação. “Estamos na curva de aprendizado também sobre isso. Entendemos que a idade média ideal para nossa condição, de clima, solo etc, é em torno de 3,5 anos. Mas vemos situações reais que em 4,1 anos ainda temos excelentes resultados. Para analisar bem, no entanto, precisamos ter uma série histórica”.

Em cima dessa situação, a Coruripe projeta aumentar o plantio para o próximo ciclo. “Estávamos com taxa de reforma em torno de 8%. Projetamos para o próximo ciclo de plantio orçamentário plantar entre 12% e 15%. Existe uma possibilidade de expansão, mas não tão grande, mais em cima do canavial já instalado. Hoje temos excedente de cana em função de toda essa condição de produtividade. Na safra atual, o polo Iturama está com produtividade de 106 t/ha. Praticamente sobra volume de cana equivalente à moagem da nossa unidade de Limeira do Oeste. Por isso, vendemos cana para duas unidades vizinhas.”

De acordo com Mathias, de qualquer forma, ao definir a área de reforma, não se pode comprometer o volume de toneladas de cana disponível para o futuro, ainda mais num momento bom de preços como o atual. “Temos que considerar inclusive o aumento de produtividade que atingimos. Se aumentar muito a minha reforma, corro o risco de ter menos cana na indústria lá na frente, o que não é o caso nosso. É necessário planejar bem o limite dessa reforma, enxergando o médio e o longo prazo.”, aconselha.

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