Renda no campo deve desacelerar, estima banco
06-10-2025

Foto: Getty Images
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Principais riscos para o agro brasileiro no próximo ano são os eventuais impactos de um acordo comercial entre Estados Unidos e China

Por Cibelle Bouças — Belo Horizonte

A renda do agro brasileiro crescerá em 2026, porém o ritmo do avanço deve ser menos intenso que neste ano, afirmou o economista-chefe do departamento de pesquisa e estudos do Bradesco, Fernando Honorato, na sexta-feira, em seminário da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo ele, os principais riscos para o agro brasileiro no próximo ano são os eventuais impactos de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e um potencial efeito do fenômeno La Niña na produção.

O banco projeta uma renda agropecuária de R$ 1,56 trilhão no próximo ano, alta de 3,5% em relação a 2025. Para este ano, prevê avanço de 5,2%, para R$ 1,5 trilhão.

Para Honorato, essa desaceleração está relacionada à perspectiva de um crescimento menor da economia brasileira no ano que vem e de um enfraquecimento da economia chinesa.

“O maior risco é se a China fechar um acordo comercial com os Estados Unidos para comprar soja e óleo e deixar de comprar do Brasil. Mas minha percepção é de que a China não quer voltar a ser dependente dos EUA. Além disso, os Estados Unidos já não têm área disponível para expandir o plantio de soja”, avaliou.

Outro risco é o impacto do La Niña na produção, caso o fenômeno venha mais forte que o esperado, disse o executivo.

Fonte: Globo Rural