Renuka Vale do Ivaí protocola novo plano de recuperação judicial
03-06-2016

Controlada pela sucroalcooleira indiana Shree Renuka Sugars, a companhia Renuka Vale do Ivaí, que administra as usinas São Pedro e Cambuí, ambas no Paraná, protocolou ontem um novo plano de recuperação judicial, com ajustes em relação ao plano original após negociações com credores. A companhia incluiu a provisão de recursos para amortização da dívida e alterou algumas propostas de condições de pagamento.

O plano prevê a reestruturação de uma dívida de R$ 709,4 milhões e será apresentado para votação em assembléia de credores na próxima segunda-feira.

No documento, protocolado na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, a companhia prevê um caixa excedente de no mínimo R$ 20 milhões e positivo ao longo de 12 meses para acelerar a amortização da dívida reestruturada pelo plano. Do total a ser amortizado, a Renuka Vale do Ivaí prevê amortizar 80% dos créditos aderentes e 20% dos créditos concursais.

De acordo com a nova proposta, se houver algum tipo de venda ou transferência de ativos antes da liquidação total da dívida que for reestruturada, os valores líquidos de impostos serão distribuídos pelos vendedores na proporção de 56% para o pagamento de créditos extra-concursais aderentes, 14% para pagar créditos concursais e 30% irão para os próprios vendedores.

Com relação às mudanças nas condições de pagamento aos credores, a Renuka excluiu a proposta de pagar a dívida referente ao FGTS em até 180 meses após a homologação do plano, como constava no plano anterior.

Para os credores “classe 2”, a companhia elevou a proposta de desconto sobre o valor de cada dívida de 18% para 20%. A nova proposta também prevê que o pagamento da remuneração sobre a parcela será de periodicidade mensal e em 180 vezes, e não mais apenas nos períodos em que ocorrer amortização do principal.

Já para os credores sem garantias (quirografários), pertencentes à “classe 3”, a Renuka reduziu a proposta de desconto de 28% para 25% sobre o valor de cada crédito.

Para às micro e pequenas empresas que compõem a “classe 4” de credores, a empresa incluiu a proposta de carência de pagamento da dívida e da remuneração sobre as parcelas até novembro deste ano. A nova proposta também alongou o prazo de pagamento a esses credores de 12 para 15 parcelas, que deverá ser feito quando houver pagamento do crédito, e não mais quando ocorrer amortização do principal.