Resíduo que vale ouro
15-08-2014

Em uma colheita de cana realizada por máquinas, os colmos (caule) é que são processados para produção de açúcar e etanol, sendo que suas sobras viram o bagaço. Já as folhas (verdes ou secas) e o “ponteiro” (ponta da cana), que formam a palha, permanecem no campo. Estima-se que a cana-de-açúcar produza, em média, 140 kg de palha em base seca para cada tonelada de cana. Esta biomassa, quando enfardada, tem umidade de 15% e um poder calorífico 70% superior ao do bagaço. Portanto, a palha pode ser uma alternativa ideal para trazer uma receita adicional para a empresa, seja através da geração de energia elétrica ou como matéria-prima para a produção do etanol de segunda geração. 

Dados da Unica mostram que o volume de bagaço e de palha da cana disponíveis nos canaviais representa uma quantidade energética expressiva, ou seja, caso fossem utilizados para gerar energia, totalizariam um potencial de 14 mil MW, o equivalente à Usina de Itaipu, e 28 mil MW em 2020, de acordo com projeções para as safras nesse período.
A colheita mecanizada de cana crua deixa no campo de 12 a 15 toneladas de palha por hectare. Valor este que traz vários benefícios agronômicos: ajuda a evitar erosão, provê nutrientes para o solo e preserva sua umidade. Porém, em excesso, ela irá favorecer o desenvolvimento de certas espécies de pragas e doenças.
Dessa forma, recolher, pelo menos, metade do material resultaria em ganhos para a empresa, já que a usina poderá gerar energia e ainda deixar uma camada de proteção no canavial.

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