Retirada de palha pode trazer efeitos negativos. Veja quando esse processo não é recomendado!
18-05-2015

Estima-se que a colheita mecanizada de cana crua deixa no campo, dependendo da variedade, de 5 a 15 toneladas de palha por hectare. Esta biomassa, quando enfardada, tem umidade de 15% e um poder calorífico 70% superior ao do bagaço. Diante desses números, a palha já é vista por muitas usinas como uma alternativa ideal para trazer uma receita adicional para a empresa, principalmente por meio da geração de energia elétrica.

Porém, antes de começar a fazer o recolhimento, o produtor deve conhecer bem o seu canavial, já que, dependendo de certas características, a retirada dessa palha poderá acarretar diversos prejuízos. A pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Raffaella Rossetto, explica que, caso o canavial esteja localizado em uma região com grande déficit hídrico, é importante que essa matéria seca seja deixada no solo, para que ela preserve a umidade do mesmo, fazendo com que a cana tenha uma produtividade maior. “A palha também é ótima para o controle de erosão. Dessa forma, caso se tenha um local propenso a esse tipo de desgaste é ideal que a palha seja mantida.”

Os produtores que possuem solos com fertilidades muito baixas também devem optar por manter a palha, já que a retirada dessa matéria irá eliminar os nutrientes que estariam ciclando naquele local, como nitrogênio e potássio. “Dessa forma, seria necessário, no futuro, repor esses nutrientes com uma adubação especial”.

 

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