Ridesa firma acordo de troca de variedades de cana com a austrália
07-04-2016

Outros programas de melhoramento de relevância e expressividade ao redor do mundo estão sendo contatados

O primeiro acordo estabelecido pela RIDESA para troca de variedades foi com o programa de melhoramento genético da cana-de-açúcar da Sugar Research Australia (SRA, ex-BSES), um dos maiores centros de pesquisa com melhoramento de cana do mundo. O interesse no intercâmbio de germoplasma partiu do pesquisador Mike Cox, pouco antes e durante os meses em que Danilo Eduardo Cursi, engenheiro agrônomo e pesquisador do Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar (PMGCA) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) – pertencente à RIDESA,passou em treinamento junto à equipe da SRA, em 2011.

Desde o período que permaneceu na Austrália até seu retorno à RIDESA/UFSCar, Danilo, juntamente com o professor Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do PMGCA/UFSCar, mantiveram contato com os pesquisadores responsáveis pelo convênio, iniciando-se então os trâmites para a realização do acordo. “Após um longo período de negociação, ambas as instituições acordaram em fazer o intercâmbio de até 10 variedades por ano durante os cinco anos de duração do contrato. Para isso, o material a ser trocado deve possuir um nível mínimo de biossegurança e padrões selecionados para reduzir o risco de contaminação com pragas e doenças previamente estabelecidas”, explica Danilo.

No início de 2016, as primeiras 10 variedades australianas chegaram ao Brasil e, por dois anos, serão submetidas a rigorosos testes fitossanitários no Quarentenário, seguindo legislação específica determinada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA). Após a liberação, os materiais serão conduzidos até o Centro de Ciências Agrárias da UFSCar, em Araras, SP, onde serão multiplicados e caracterizados. Logo em seguida, serão enviados para os bancos de germoplasma da RIDESA, onde serão disponibilizados para utilização em cruzamentos por todas as universidades pertencentes à Rede. Em paralelo, serão acompanhados os resultados das variedades RB's na Austrália, sendo que as primeiras enviadas chegaram ao país da Oceania em setembro de 2015.

Além da Austrália, outros programas de melhoramento de relevância e expressividade ao redor do mundo estão sendo contatados. Em março de 2016, a UFSCar aprovou o seu mais novo contrato de troca de variedades, desta vez com o Centro de Investigación de la Caña de Azúcar de Colombia (CENICAÑA). “Este contrato tem os mesmos objetivos e critérios que foram estabelecidos com o SRA, da Austrália. A intenção é importar e exportar as primeiras variedades entre a Colômbia e o Brasil ainda este ano. Outros programas de melhoramento estão em negociação”, finaliza Danilo.

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