Safra 2016/17 poderá definir quem continua no setor sucroenergético

29-02-2016

MBF estima que a moagem da safra 2106/17 será de 630 milhões de toneladas.

Ainda é cedo para afirmar, mas 2016 pode ser um ano que ficará marcado pela definição de quem fica ou não no mercado de açúcar e etanol. A declaração é do diretor da MBF Agribusiness, Marcos Antonio Françóia.

Segundo ele, economicamente é o ano da retomada para muitos grupos que estão fazendo a lição de casa, renegociando o passivo e até mesmo para alguns grupos que ingressaram com o pedido de recuperação judicial e estão conseguindo se ajustar as exigências aprovadas nas assembleias de credores. “Com investimentos na manutenção da lavoura, conjugado com a carência e o alongamento do passivo e, muitas vezes, redução na taxa de juros e no saldo devedor, muitas empresas já estão ganhando uma nova chance de recuperação econômica, pois os indicadores de preço, inclusive os já praticados, iluminam o reflexo positivo dos planos econômicos projetados”, diz.

Para o especialista, o setor sucroenergético, tão criticado até setembro de 2015, entra agora para o mesmo radar de especialistas e investidores, que a tempo vislumbram uma retomada para 2015, afinal o déficit mundial de açúcar já era previsto em 2014, porém ofuscado por diversos fatores comerciais. “Os reflexos positivos somente se iniciaram no último trimestre de 2015, mas com perspectiva de durar. Sendo assim, é o ano para as empresas que não têm elevadas exigências financeiras no curto prazo e possuem produtos disponíveis para venda, fazerem caixa e retomarem a estabilização econômica. Nesse sentido, há um movimento por parte das instituições financeiras em retomar as negociações, reavaliando os planos de negócios que as empresas estão propondo, porém, exigindo muito mais rigor técnico nas projeções.

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