Saiba como a BP BUNGE Bioenergia alcança uma manutenção eficiente e, ao mesmo tempo, de baixo custo
04-10-2021

Com uma safra mais curta, companhia terá menos tempo para o planejamento das manutenções. Foto: Divulgação BP Bunge Bioenergia
Com uma safra mais curta, companhia terá menos tempo para o planejamento das manutenções. Foto: Divulgação BP Bunge Bioenergia

Todas as usinas do grupo iniciarão o projeto de entressafra imediatamente após o fim do período de moagem. A primeira unidade será a Monteverde/MS, ainda em setembro, e a última, Itumbiara/GO, em novembro

Por Leonardo Ruiz

Formada a partir da união dos negócios de bioenergia e açúcar dos grupos BP e Bunge no país, a BP Bunge Bioenergia se prepara para o início da entressafra. Com 11 unidades de produção divididas em cinco estados, a companhia tem capacidade para produzir 1,7 milhões de toneladas de açúcar e 1,7 milhões de m³ de etanol.

O diretor industrial da BP Bunge Bioenergia, Wilson Lucena, afirma que a oportunidade que a entressafra propícia de recuperar a saúde dos ativos é enorme. No entanto, ela tem que ser bem planejada para se obter os melhores resultados. Este ano, porém, o tempo disponível para esse planejamento deve ser menor, em função de uma safra mais curta, principalmente para as usinas de São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Mas os impactos devem ser mínimos, devido à robustez do processo de planejamento implementado na empresa que, em vista do cenário desafiador, estabeleceu entregáveis antecipados para as unidades.”

O profissional explica que, durante a entressafra, é possível resolver problemas da planta e se antecipar a falhas iminentes identificadas por técnicas preditivas e inspeção, além de implementar melhorias nas condições operacionais e de acesso aos equipamentos, o que é fator determinante para garantia da disponibilidade industrial do ciclo seguinte.

 Wilson Lucena: “Durante a entressafra, é possível resolver problemas das plantas, se antecipar a falhas iminentes e implementar melhorias nas condições operacionais e de acesso aos equipamentos”

Divulgação BP Bunge Bioenergia

“Caldeiras, vasos de pressão, dispositivos de segurança e peças que sofrem desgaste abrasivo (moendas, correntes e guias) sempre compõem o plano de entressafra. Com relação aos demais equipamentos, os mecanismos de falha e estratégias de confiabilidade são observados para decisão de manutenção. Atividades de monitoramento de condição, tais como MCA (Motor Circuit Analisys) e IRIS (Internal Rotary Inspection System), também são parte do plano para decisão de intervenção.”

Mas não é apenas na entressafra que as manutenções são realizadas nas unidades da BP Bunge Bioenergia. Intervenções durante o ciclo ocorrem, via de regra, com base em inspeções preventivas e preditivas. Os resultados dessas inspeções direcionam os times para a realização de manutenções e restabelecimento da condição do ativo. “Equipamentos que passam por intervenções seguindo essa estratégia durante a safra e que chegam no final do ano em condições operacionais e sem indicação futura de falha não entram no plano de entressafra.”

Com uma geração de energia/ano de 1,4 milhões de MWh, a BP Bunge Bioenergia reforça a importância da manutenção das instalações elétricas, que permitirá a disponibilidade e continuidade operacional das plantas, principalmente dos dispositivos de comunicação da unidade com o Sistema Interligado Nacional (SIN) que, em caso de falha, podem levar à parada total. “Nosso planejamento de manutenção contempla esses equipamentos desde intervenções de limpeza de faixa e inspeção de linhas de transmissão até inspeções de equipamentos de subestação, tais como disjuntores, relés e transformadores.”

Lucena ressalta que a companhia busca formas de alcançar uma manutenção eficiente e, ao mesmo tempo, de baixo custo. Para ele, planejamento e confiabilidade passam a ter um papel ainda mais crucial nesse contexto. “Nosso principal foco está na eliminação de desperdícios, padronização e antecipação.” Entre as principais ações, destacam-se:

  • Processo Corporativo de Planejamento: “Planejar o planejamento”, é assim que a BP Bunge Bioenergia se refere ao processo melhoria contínua e padronização dos planos de entressafra das unidades. O processo já se inicia no primeiro dia de safra com as lições aprendidas do ciclo anterior e com o estabelecimento de entregáveis e datas para todas as etapas do planejamento, passando pelas solicitações de serviços e materiais e finalizando com o cronograma de entressafra propiciando, entre outras vantagens, que escopos semelhantes de unidades diferentes sejam negociados simultaneamente, garantindo melhores condições comerciais, possibilitando a entrega antecipada de materiais e a garantia de disponibilidade, cronogramas padrões que direcionam as atividades e recurso de forma clara e objetiva.
  • Engenharia de Confiabilidade: Determinar as necessidades da planta com base em dados, esse é o objetivo da disciplina. A engenharia de confiabilidade e integridades atua no contexto de entressafra na determinação da real necessidade de manutenção dos ativos por meio de técnicas preditivas, tais como vibração, termografia, análise de lubrificante e medições de espessura. Outro ponto importante estabelecido pela disciplina são os cuidados com os equipamentos que não passarão por manutenção. Esse processo garante que os equipamentos estarão em condições operacionais na retomada das atividades com probabilidade de falha menor do que se tivessem passado por manutenção.
  • Contratos Corporativos: Aqui são selecionadas classes de equipamentos onde havia oportunidade de padronização das práticas de manutenção e, ao mesmo tempo, de redução de custo, como moendas, correntes, rotores, válvulas e motores. A aplicação desses contratos já no primeiro ano da BP Bunge proporcionou reduções significativas de custos e ganhos de qualidade nas execuções das manutenções.

Fonte: CanaOnline