Saiba como ser mais eficiente e reduzir custos na gestão do manejo de plantas daninhas
27-05-2025

Dib Nunes apresenta estratégias e avanços tecnológicos no Herbishow 2025

No Herbishow 2025, Dib Nunes, consultor e presidente do Grupo IDEA, organizador do evento, apresentou as principais estratégias e inovações tecnológicas voltadas para aprimorar a gestão do manejo de plantas daninhas, com foco na redução de custos e no aumento da produtividade do setor sucroenergético.

Apesar dos avanços tecnológicos, o consultor ressaltou que ainda persistem importantes lacunas na gestão dessa área. Ele enfatizou que os profissionais do campo enfrentam pressões cada vez maiores por resultados mensuráveis, produtividade eficiente, redução de despesas e qualidade nos serviços prestados.

“As cobranças são inevitáveis e crescentes”, afirmou, destacando a urgência de uma gestão eficaz que contemple não só a estrutura física e operacional, mas também a coleta e análise de dados para fundamentar decisões e otimizar processos.

Entre os exemplos compartilhados, Dib destacou a BP Bioenergy como referência em manutenção de máquinas no setor. A empresa adotou o conceito de “manutenção militar”, que prioriza a confiabilidade máxima dos equipamentos. Essa abordagem resultou na redução significativa dos custos, diminuição da frota e aumento da disponibilidade operacional das máquinas.

“Eles desmontam completamente as máquinas durante a safra para realizar revisões detalhadas, quase como uma montadora automotiva, garantindo o máximo desempenho”, explicou o especialista. Além disso, o sistema utilizado registra e monitora todos os componentes, suas datas e intervalos de revisão, permitindo uma gestão preventiva precisa.

Outro ponto de destaque foi a evolução das colhedoras de cana, que, embora ainda atrasadas em relação a equipamentos de outras culturas como a soja, têm avançado rapidamente. No passado, operar uma colhedora demandava esforço físico intenso; hoje, as máquinas contam com painéis sofisticados, joysticks, sensores de produtividade e sistemas de GPS que permitem ajustes em tempo real, aumentando a eficiência da colheita mecanizada. Os painéis de controle alertam os operadores sobre problemas técnicos, possibilitando intervenções rápidas e minimizando o tempo de parada.

Além disso, Dib ressaltou o avanço na transmissão de dados das lavouras para centrais de controle operacional, o que possibilita a supervisão simultânea de todas as máquinas em campo. Essa tecnologia representa um salto em competitividade e redução de custos, beneficiando empresas como a Denusa, localizada em Goiás, que processa milhões de toneladas com ganhos expressivos.

Apesar desses avanços, o consultor destacou que a coleta e o uso eficiente dos dados ainda são desafios a serem superados. O setor gera milhões de dados anualmente, porém muitos produtores ainda não utilizam essas informações para otimizar o manejo de plantas daninhas. O acompanhamento pós-aplicação, por meio de calendários de visitação e monitoramento, é fundamental para evitar infestações elevadas que podem comprometer a produtividade.

Outro desafio abordado foi a padronização dos levantamentos de campo. Dib relatou uma experiência em uma grande empresa que ainda realizava registros manuais em cadernos — uma prática ultrapassada diante da existência de softwares e ferramentas digitais que permitem coleta automática e armazenamento organizado dos dados.

O consultor reforçou ainda que o futuro do manejo de plantas daninhas está na gestão integrada, na utilização intensiva de tecnologia, na capacitação dos profissionais e no investimento constante em inovação. “O setor evoluiu muito, mas ainda há um longo caminho para que o manejo se torne uma atividade plenamente controlada e eficiente”, destacou.

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