Saiba porque a cana-energia produz 200 toneladas por hectare
10-09-2015

Em Alagoas está a estação de seleção de sementes de cana da Vignis, que mantém sua sede em Santo Antonio de Posse, no interior paulista. É onde eles afinam a pesquisa para chegar nas variedades de cana-energia com maior potencial. Para apurar seu desempenho em outros ambientes de produção, a Vignis tem plantio com cana-energia em mais 20 fazendas espalhas pelo Brasil. A empresa já tem 10 variedades protegidas pelo Ministério da Agricultura.

“Em todas as áreas o seu desempenho é fantástico”, afirma Luís Cláudio Rúbio, um dos sócios da Vignis. Como exemplo, cita o caso de uma variedade Vignis padrão (não a campeã, que ultrapassa 200 toneladas, mas a mais plantada), que produz 185 toneladas de cana por hectare,93 de ATR, que equivale a 17, 2 tonelada de açúcar por hectare, e 26% de fibra, resultando em 92,6 toneladas de bagaço por hectare. Tem 62% de água e 38% de matéria seca. Enquanto que a cana-de-açúcar (com alta produtividade), apresenta 100 toneladas/ha, 135 de ATR – equivalente a 13,5 toneladas de açúcar por hectare e 12, 5 de fibra, resultando em e 25 toneladas de bagaço por hectare. Tem 70% de água e 30% de matéria seca.


O que confere essa maior produtividade na cana-energia, segundo Rúbio, é o seu sistema radicular, muito mais eficiente que o da cana-de-açúcar. Ela possui rizomas que são como colmos que ficam embaixo da terra, é o mesmo que acontece com capim e em plantas daninhas como tiririca. É o que confere à cana-energia essa produtividade tão maior que a cana-de-açúcar.

Esse sistema radicular existia na cana selvagem, o que acontece, explica Rúbio, é que nos últimos 100 anos, o foco tem sido desenvolver variedades com maior teor de açúcar, por isso, os pesquisadores trabalham para concentram açúcar. Esses cruzamentos a partir da terceira ou quarta geração faz com que os rizomas desapareçam e com isso a cana reduz a produtividade. “A nossa proposta é tentar equalizar, ter açúcar e aumentar a quantidade de matéria-prima nas usinas.”

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