“Se o cenário não mudar, o fornecedor de cana vai ser extinto”
22-07-2015

Esta é a opinião do engenheiro agrônomo Orivaldo Augusto Furlan. Ele diz e sei pai nunca viram uma crise como essa. E olha que sua família é tradicional no negócio. Produz cana-de-açúcar em Piracicaba desde 1908 e hoje cultiva cerca de 2.500 hectares no Oeste paulista, na região de Dracena.
O aumento dos custos é o que mais tem pesado para o produtor de cana, segundo ele. “Quatro anos atrás, 50% do valor final da cana eram pra tratos culturais, arrendamento e renovação. Já 30% eram gastos com CCT (corte, carregamento e transporte). Já 20% era a margem que tínhamos”, relata.
Hoje esse cenário mudou. Os custos com o CCT cresceram muito. “Hoje representam de 50% a 55% do preço da cana. Isso comeu o nosso lucro. Um problema que fica mais complicado para quem está mais distante da usina”, lamenta. Por isso, segundo ele, foi necessário cortar os investimentos em adubação.
“Ou muda esse cenário ou não teremos condições de sobreviver. Se continuar assim, seremos obrigados a mudar de atividade”, confessa Furlan.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.