Segunda de sangue para as commodities agrícolas, com soja e açúcar liderando a ladeira
09-03-2020

Arrasto da queda do petróleo é mais sentido pela soja, agrícola mais importante para o Brasil (REUTERS)Enrique Marcarian}
Arrasto da queda do petróleo é mais sentido pela soja, agrícola mais importante para o Brasil (REUTERS)Enrique Marcarian}

O efeito arrastão que o petróleo está ocasionando deixa em pânico as bolsas de commodities nesta abertura de semana.

Ao choque de recuo do barril tipo Brent em Londres – mais de 22% de queda, em US$ 35,40 – segue-se um dia de sangue na soja, milho, trigo, café, algodão e açúcar nos mercados referenciados de Chicago (CBOT) e Nova York (ICE Futures).

Impressiona o tombo da soja, principalmente, apesar do aumento das compras chinesas. Ao redor 9h30 o maio derrete mais de 17 pontos, a US$ 8,73.

O açúcar também sofre forte pressão, já que por fundamento a cana seria desviada para a produção de commodity e menos para o etanol, cujo poder de competitividade é colocado em xeque diante da gasolina em viés de baixa. O vencimento maio está chegando nos 12 centavos de dólar por libra-peso, em esvaziamento de praticamente 5%, e deixando bem para trás os 15 c/lp que se referenciava.

Enquanto o coronavírus se espalha e a Arábia Saudita anuncia aumento da produção – por retaliação à Rússia, que se recusava a cortar a produção como os árabes haviam proposto na reunião da Opep+ -, pressionando o cru para mínimas de 20 anos, a aversão ao

O milho perde em torno de 5 pontos, o trigo varia 8,75 para baixo, o café emagrece 2,75% e algodão menos 2,72%.

Por Giovanni Lorenzon

Money Times