Segundo Datagro, 83 usinas pararam de operar nos últimos seis anos
03-02-2015

Na próxima safra, outras nove unidades devem paralisar as atividades

A crise financeira em 2008 atingiu o setor sucroenergético, assim como a falta de políticas públicas que apoiassem o segmento e uma série de problemas climáticos, com safras muito chuvosas ou estiagens prolongadas. O resultado é que as usinas têm que lidar com queda de produção e consequentemente fecham suas portas. 

Nos últimos seis anos, 83 usinas pararam de operar. Segundo a Datagro Consultoria, na próxima safra de 2015/16, mais nove usinas devem encerrar suas atividades. “Em moagem, isso já significou uma perda de mais de 75 milhões de toneladas”, finaliza o presidente da Datagro, Plínio Nastari. Ele apresentou a informação durante coletiva de imprensa que concedeu em São Paulo, na semana passada.
Em Minas Gerais, na última safra, mais duas usinas tiveram as atividades paralisadas. “Já estamos com oito unidades fechadas no estado, e é possível que novas fechem neste ano, embora a situação crítica esperada para 2015 não seja tão negativa quanto à expectativa do ano passado”, relata Mário Campos, presidente da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais).
No final do ano passado, Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), afirmou para a imprensa que boa parte das usinas terminaram o ano devendo 110% de seu faturamento. As empresas encerraram a safra com receita estimada em cerca de R$ 70 bilhões, mas com aproximadamente R$ 77 bilhões em dívidas.
Segundo levantamento do Itaú BBA, as dívidas das usinas cresceram 19 vezes na safra 2013/14, em comparação com o ciclo 2002/03.

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