“Sensibilização comportamental” envolve funcionários nas metas de empresas
27-05-2022

É fundamental que todos estejam na mesma sintonia
É fundamental que todos estejam na mesma sintonia

Trabalho realizado pela Ação Consultoria e Treinamento incentiva o protagonismo de profissionais em direcionamentos estratégicos de processos produtivos, segurança, transformação digital, entre outras áreas

Por Renato Anselmi

Como envolver toda a equipe de trabalho, do faxineiro ao CEO, nos direcionamentos estratégicos definidos pelas unidades e grupos sucroenergéticos? Essa questão tem se tornado um dilema para diversas empresas devido à ausência de resultados práticos. De nada adianta a alta direção priorizar temas importantes, como processo produtivo, metas de moagem, desenvolvimento profissional, avaliação de desempenho, valores da empresa, segurança do trabalho, transformação digital, diversidade e inclusão, entre outros, se não houver o engajamento de todos os funcionários.

Há um caminho que pode viabilizar o envolvimento da equipe nos direcionamentos estratégicos: a “sensibilização comportamental”. Esse trabalho, de vivência e reflexão, tem o objetivo de criar condições para que o tema (ou os temas) abordado se materialize no dia a dia do funcionário – explica Paulo Calmon Ramalho, sócio da Ação Consultoria e Treinamento, que tem a “sensibilização comportamental” como uma das soluções de destaque em seu portfólio na área de Recursos Humanos.

O colaborador é o principal ator de todos os aspectos relacionados ao trabalho seguro”, afirma Paulo

O colaborador tem papel central e deve ser protagonista em relação aos direcionamentos estratégicos da empresa – ressalta. “No caso da segurança do trabalho, por exemplo, ele precisa fazer a análise e planejamento da atividade, realizar procedimentos necessários, usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para voltar para casa com segurança. O colaborador é o principal ator de todos os aspectos relacionados ao trabalho seguro”, afirma.

As atividades da sensibilização comportamental são geralmente realizadas no mesmo dia, com duração em torno de quatro horas – dependendo de cada caso –, contando com a participação de todos os integrantes da equipe da unidade produtora de açúcar e etanol, no caso do setor sucroenergético. As pessoas que ocupam cargos de liderança, como diretores, gerentes, coordenadores, supervisores, líderes operacionais passam previamente pela sensibilização. “Eles são os primeiros que vão receber essas mensagens. É importante que todos os líderes estejam falando a mesma língua e tenham conhecimento do assunto que está sendo abordado para que sejam parceiros durante a realização do trabalho para todos os funcionários”, enfatiza.

É importante que todos os líderes estejam falando a mesma língua

Apesar de as atividades serem realizadas em um mesmo dia, os impactos da sensibilização ocorrem o ano todo. “É preciso estar martelando os diversos aspectos dos temas abordados para que sejam absorvidos cada vez mais. O processo é contínuo”, observa. Segundo o sócio da Ação Consultoria, o objetivo é fazer com que o funcionário da empresa reflita e coloque o que aprendeu em prática no dia a dia. O importante é que ocorra mudança de atitude em relação a uma determinada situação – afirma Paulo Ramalho, que é formado em Ciências Contábeis (PUC-SP) e pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas (Senac).

A “sensibilização comportamental” não tem uma métrica para avaliação dos resultados. “É uma avaliação qualitativa. Não dá para medir em termos quantitativos”, observa. De acordo com ele, se o tema abordado for trabalhado ao longo do ano, vai sendo desenvolvida uma nova cultura na empresa. “O colaborador vai estar mais aberto a alguns detalhes sobre os temas escolhidos, como o uso de EPI no caso de segurança. A constância cria uma cultura que incentiva o protagonismo dos profissionais em relação à segurança e possibilita também um melhor entendimento do processo de transformação digital pelo qual a empresa está passando”, exemplifica.

Acidente zero

Mudança de atitude - O trabalho de sensibilização comportamental, realizado pela Ação Consultoria e Treinamento, tem contribuído há três anos para que um grupo sucroenergético – que é referência no setor – defina metas que estão relacionadas à mudança de atitude de seus colaboradores. Uma delas é ser reconhecida em cinco anos como empresa que trabalha com acidente zero.

Segurança do trabalho foi inclusive o mote principal da sensibilização realizada nessa companhia em 2022. “Nas quatro horas de atividades, houve o reforço de aspectos de segurança, além da abordagem de questões relacionadas a competências organizacionais e transformação digital. Mas, o assunto de destaque que vai permear a safra, a jornada da empresa, é mesmo a segurança”, ressalta Paulo Ramalho.

Segundo ele, a segurança é um pilar fundamental na companhia. “Todas as atividades têm que ocorrer de forma segura para que o colaborador volte para sua casa, para a sua família, sem problemas causados devido a ocorrências no trabalho”, comenta ele, que é Professional Coach formado pela Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC) com certificação pela International Association Of Coaching Institutes (ICI).  

As empresas não querem mais colaboradores super-heróis

As empresas não querem mais colaboradores super-heróis, de acordo o sócio da Ação Consultoria, ao destacar um assunto sobre segurança bastante comentado nesse treinamento. “Elas querem profissionais conscientes, que cumpram os procedimentos determinados, para que não haja nenhum acidente. As empresas esperam que as atitudes dos colaboradores evidenciem a importância da segurança”, diz.

O trabalho de sensibilização abordou outra questão importante na área de segurança: o direito de recusa do funcionário, por motivos de segurança, para a realização de determinada tarefa. “Muita gente não conhecia o direito de recusa. Falamos também sobre a importância da utilização de EPI, áreas de riscos, trabalho em altura, problemas decorrentes do uso de álcool e droga, entre outros temas”, relata. 

 Algumas atividades da sensibilização contaram com a utilização de recursos tecnológicos, como a assistente conversacional Alexa. “Inteligência artificial foi um componente que a gente usou para responder algumas perguntas”, revela. Segundo Paulo Ramalho, houve uma interação com os participantes do treinamento, que relataram casos reais. “Deram exemplo de atividades que não foram realizadas de forma segura, que ocasionaram problemas para alguns profissionais”, detalha.

Algumas atividades da sensibilização contaram com a utilização de recursos tecnológicos, como a assistente conversacional Alexa

A programação incluiu ainda a realização de uma atividade reflexiva e outra mais prática, que demonstrou casos de procedimentos seguros, além da apresentação de vídeos sobre o tema. “A sensibilização comportamental realizada pela Ação Consultoria para esse grupo sucroenergético trouxe algo mais reflexivo em relação a trabalhos anteriores realizados no início da safra”, constata.   

Em todos os programas de treinamento realizados pela Ação Consultoria em outras usinas, o objetivo é criar condições para a mudança de mentalidade e de atitude do colaborador – diz Paulo Ramalho, que atua inclusive no desenvolvimento e construção de projetos de Assessment, Clima Organizacional, Coaching, Avaliação de Desempenho, Análise de Potencial, Plano de Cargos, Carreiras e Salários e Treinamentos e Desenvolvimento.

“Todas as ações realizadas em treinamentos precisam estar em conexão com a prática do dia a dia. Fazemos uma reflexão profunda sobre os temas escolhidos, abordando os assuntos de forma didática, com linguagem simples, para que todos os colaboradores possam entender a mensagem”, afirma. 

PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO, ACESSE: http://www.acaoconsultoria.com.br/

Fonte: CanaOnline