Setor sucroenergético comemora aumento do anidro na gasolina de 25% para 27%
05-03-2015

Ontem, 4 de março, o setor sucroenergético pôde comemorar um importante avanço em Brasília. Depois de meses de negociação, o governo federal anunciou oficialmente – depois de muita especulação no mês passado - o aumento da mistura do etanol anidro à gasolina de 25% para 27%, que começa a valer a partir do dia 16 de março. A medida foi revelada aos jornalistas no final da tarde pelo Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Foi assinada ainda na noite de ontem uma resolução confirmando a nova mistura, que apenas não vale para a gasolina Premium.
A decisão foi divulgada depois de reunião que ocorreu durante a tarde desta quarta-feira envolvendo representantes do setor sucroenergético que compõem o Fórum Nacional Sucroenergético (FNS) e cinco diferentes ministros. Além de Eduardo Braga, também participaram da reunião os ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Kátia Abreu (Agricultura e Abastecimento), Aloízio Mercadante (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda).
O aumento da mistura do anidro à gasolina foi especialmente comemorado pelos integrantes do FNS. Segundo André Rocha, presidente da entidade, “nossa perseverança e a união de todos foram determinantes nessa conquista. Parabéns aos colegas do FNS”.
De acordo com os representantes do FNS que participaram da reunião, o aumento da mistura contempla uma questão importante para o setor. Há no país um volume superior a 1 bilhão de litros de anidro com custo de produção 20% maior que o do hidratado. Se não houvesse essa decisão, esse volume de anidro seria convertido em hidratado com grande perda para os produtores e para a economia do país.
Segundo Edmundo Barbosa, presidente do Sindálcool-PB (Sindicato da Indústria de Produção do Álcool da Paraíba), o governo começa a acordar pra o significado desse setor econômico. “E também para sua capilaridade em centenas de municípios, nos quais a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade alimentam milhões de brasileiros através da massa salarial paga. E responsável por um volume sem comparação de encargos sociais e impostos recolhidos.”
Por outro lado, o aumento da adição do anidro à gasolina reduz a demanda por gasolina importada, gerando economia neste momento de ajuste da economia nacional. “Obtém-se uma economia real”, salienta Barbosa.

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