Setor sucroenergético contribui para que mais florestas cubram o solo paulista
10-04-2015

Desde que foi assinado, o Protocolo Agroambiental, em 2007, entre o setor sucroenergético e o governo paulista, além de reduzir a queima para a colheita dos canaviais, também tem avançado no atendimento de outras diretivas do Protocolo, como na recomposição de áreas verdes e na redução do consumo de água. A área total compromissada para a recuperação de florestas é em torno de 265 mil hectares de mata ciliar, sendo 77% em áreas de usinas e 23% em áreas de fornecedores. 

Segundo o Relatório de Sustentabilidade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo (2011-2014), o setor tem trabalhado para cumprir este compromisso. Até o final de 2014, mais de 10 milhões de mudas de árvores nativas foram plantadas na recuperação de mais de 6 mil hectares de matas, com investimentos que ultrapassam R$ 46 milhões. Cerca de 8 mil colaboradores estão diretamente envolvidos nas atividades de catação de sementes, tratos nos viveiros, plantio e cuidados na manutenção dessas áreas reflorestadas. Além disso, devido ao protocolo, são monitorados os bioindicadores nas áreas protegidas. Mais de 35 mil hectares são acompanhados. Projetos de biodiversidade, correlacionados ao protocolo, já identificaram 12 espécies de mamíferos, cinco delas ameaçadas de extinção, e sete consideradas vulneráveis.
Em 2013, no Estado de São Paulo, 5.180.349 hectares estiveram comprometidos com boas práticas agroambientais pelas usinas e associações de fornecedores signatárias do Protocolo. Essa área corresponde a 25,3% da área agricultável do Estado de São Paulo, de 20.504.107 hectares.
Verificou‐se que, ao longo do período analisado, houve um incremento de 1,21 milhão de hectares na área total compromissada pelas unidades agroindustriais, que incluem, além da área de cultivo de cana, as áreas ciliares, os parques industriais e as benfeitorias, representando 45% de
aumento em relação a 2007. Em relação às associações signatárias, o aumento foi de 17% a partir de 2009, ano em que seus Planos de Ação foram entregues e seus dados começaram a ser computados.
Segundo o mais recente levantamento da vegetação original do Estado de São Paulo, feito pelo Instituto Florestal de São Paulo e divulgado em 2014, a área ocupada pela vegetação nativa do estado cresceu pela segunda década consecutiva e, ainda que retalhada em centenas de milhares de fragmentos menores que um campo de futebol, alcançou um espaço semelhante àquele pelo qual se espalhava no início dos anos de 1970.

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