Setor sucroenergético não pode perder o foco na hora de fixar o açúcar. Aconselha especialista
11-05-2020

“Estamos longe de uma solução”, diz Corrêa
“Estamos longe de uma solução”, diz Corrêa

Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting, ressalta que o setor não pode perder oportunidade de garantir uma boa rentabilidade

Para Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting, o cenário atual continua ciclotímico. “Se alguém disser que sabe o que vai acontecer com o mercado sob esse estado de coisas e com tantas variáveis incontroláveis, certamente não está gozando plenamente de suas faculdades mentais. Estamos longe de uma solução.”

Corrêa conta que, um analista político de grande experiência lhe confidenciou que, “a coisa no Brasil deve piorar bastante mais adiante. No começo de agosto vai ficar claro o tamanho do tranco que vamos levar: em número de mortos e doentes, no número de desempregados e desalentados e no número de empresas que fecharam ou irão fechar. Além do espalhamento geográfico da crise.”

O diretor da Archer Consulting salienta que, por essas questões, é importante não perder o foco na hora de fixar o açúcar. “Não perder oportunidade de garantir uma boa rentabilidade. Continuamos convictos de que um grande volume de açúcar será também entregue fisicamente contra as expirações dos vencimentos julho e outubro. As usinas que possuem uma política de risco adequada estão se antecipando e fazendo seus hedges antes mesmo de saberem o quanto de açúcar adicional vão produzir, nem o prêmio/desconto que estarão sujeitas na hora de negociar o contrato comercial. Veja bem, os fundos não-indexados estão vendidos mais de 48,000 lotes e estima-se que as usinas terão que vender pelo menos 75,000 lotes para fixarem o açúcar a ser produzido adicionalmente.”

Fonte: CanaOnline com informações da Archer Consulting