Setor sucroenergético tem alcance nacional
03-04-2019

Sindicatos estaduais criaram, em evento no Recife, Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia, que terá abrangência nacional

Responsável por parte importante da economia e dos empregos brasileiros, o setor sucroenergético agora vai atuar de forma conjunta na defesa da produção nacional de açúcar e etanol. É que o setor, que antes se apresentava através dos sindicatos estaduais de produtores, se uniu para criar uma associação de abrangência nacional.

É a Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia, entidade que foi lançada ontem no Recife e será comandada pelo presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.

Eleito presidente executivo da associação, ele explicou que o setor sentia falta de uma entidade que priorizasse e defendesse a produção brasileira. “Havia a necessidade de uma associação nacional que atue com foco nas estratégias que podem incrementar a produtividade dos produtores de cana-de-açúcar”, afirmou Renato Cunha, logo depois de ser eleito presidente da Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia em cerimônia realizada no Sindaçúcar-PE e prestigiada por vários empresários do setor, como o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro.

Por conta disso, estão entre os principais objetivos da associação a ampliação das tecnologias de irrigação que podem contribuir com o aumento da produção, sobretudo no Nordeste, e a consolidação de cotas bilaterais de exportações e importações entre o Brasil e os demais países que atuam no mercado de açúcar e etanol, como os Estados Unidos e a União Europeia.

“Também pretendemos adequar melhor o Renovabio, para que todas as regiões sejam competitivas”, falou Renato Cunha, afirmando que a geração de emprego também está na pauta da associação. “É necessário um ajuste nas políticas públicas que tenha por objeto a manutenção do emprego. É preciso valorizar a geração maciça e consistente de empregos formais, como o setor faz no Nordeste. São 250 mil empregos formais no Nordeste e o objetivo é chegar a 300 mil”, pontuou.

Para tratar desses assuntos, a Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia já tem lugar garantido na Câmara Setorial Nacional que cuida das demandas do setor sucroenergético no Ministério da Agricultura. A entidade também nasce com 30 usinas e com a expectativa de chegar a 50 filiados, entre usinas e destilarias, ainda neste ano. “É uma associação que nasce no Nordeste, mas já recebeu adesões de empresas do Norte e do Centro-Sul”, comemorou Cunha, dizendo que, por isso, o corpo gestor da associação conta com a participação dos presidentes dos sindicatos estaduais de produtores do Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba e Bahia. Já a presidência do conselho foi entregue a Pedro Robério Nogueira, o presidente do Sindaçúcar de Alagoas.

 

Fonte: Folha de Pernambuco