Setor vive recorde na produção e consumo de etanol, mas preço não ajuda
18-09-2015

Além da expectativa de recorde de produção de etanol na safra 2015/16, de cerca de 30 bilhões de litros, o consumo de etanol hidratado também vem batendo recorde. O consumo do biocombustível, somente no mês de julho de 2015, chegou a marca de 1,55 bilhão de litros. Maior volume já registrado em toda a série histórica que começou em 2000, ano em que as distribuidoras e a própria ANP iniciaram a divulgação destes dados. O recorde anterior datava de dezembro de 2009, com 1,51 bilhão de litros de etanol hidratado comercializados.

Em Minas Gerais, por exemplo, o consumo médio anual de etanol chegou a triplicar desde o ano passado. Em 2014, ele foi de 60 mil m³ por mês. Até junho deste ano, a média, por mês, saltou para 183 mil m³ de etanol. O maior consumo já registrado na história do Estado. A gasolina vem perdendo espaço. Se em 2009, para cada 100 litros do combustível fóssil vendidos pelos postos revendedores, se vendia 40 litros de etanol. Em julho deste ano, para cada 100 litros de gasolina, foram vendidos 54 litros do biocombustível. O responsável por esse feito no estado mineiro é a redução de ICMS sobre o etanol que, desde março deste ano, caiu de 19% para 14%.
Mesmo com recorde de venda, Mário Campos Filho, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), afirma que ainda não está sendo possível internalizar os ganhos que o mercado proporcionou em termos de oportunidade, uma vez que, até o final de agosto de 2015, o etanol foi vendido a um preço inferior ao de 2014. “A crise financeira obriga as usinas a produzirem e imediatamente venderem”, lamenta Campos.

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