Soja: otimismo, mas com cautela
31-08-2016

O melhor desempenho da soja, no ano de 2015, foi fruto das exportações e elevada demanda mundial da commodity, aliada à desvalorização do real

Lara Moraes1 e Ana Palazzo2

A crise econômica esteve entre os temas mais discutidos no ano de 2015 e ainda permanece como uma das principais pautas do ano de 2016. O agronegócio foi o setor menos impactado pelas condições adversas da economia brasileira e a soja, principal produto agrícola no Brasil, também conseguiu ter um bom desempenho no ano passado, com um Valor Bruto da Produção (VBP) que atingiu R$ 106,4 bilhões, mais de 8% de elevação em relação à 2014.

O bom resultado também veio acompanhado de muitos desafios, principalmente quando se trata de custo de produção e preço internacional do grão. Para 2016, o cenário para a oleaginosa promete ser parecido com o de 2015, o que em outras palavras significa dizer que existe a possibilidade de atingir novamente crescimento e rentabilidade em meio a tantas dificuldades vividas pelo Brasil.

O melhor desempenho da soja, no ano de 2015, foi fruto das exportações e elevada demanda mundial da commodity, aliada à desvalorização do real. Tudo indica que a mesma situação deverá ser vivenciada novamente em 2016. No ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil embarcou quase 19% mais soja do que em 2014, chegando a 54,3 milhões de toneladas. A evolução do volume exportado foi motivada pela desvalorização de 45% do real frente ao dólar, que garantiu rentabilidade às exportações. Segundo a Associação Brasileira das Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), o volume exportado deverá crescer 1,8% nesse ano comparado à 2015.

CHINA

A China, que importa 75% da produção nacional de soja, deve continuar importando o grão em grandes quantidades. Apesar da sua desaceleração econômica, a expectativa é que a importação de alimentos permaneça elevada em função do esforço do governo chinês em garantir melhor qualidade de vida à população, através do maior acesso aos alimentos.

Quanto aos preços internacionais, o ano de 2015 foi marcado por queda nas cotações devido a elevada oferta do grão, resultado de anos consecutivos de safras recordes nos principais países produtores.

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