Sphenophorus levis quebra usinas e produtores de cana
05-08-2015

Praga avança no Centro-Sul, principalmente em São Paulo; estima-se que a infestação esteja em mais de 3 milhões de hectares

Um bicho pequeno, menor do que uma tampa de caneta, está causando estragos crescentes nos canaviais do Centro-Sul, principalmente no estado de São Paulo. É o Sphenophorus levis (Sl) também conhecido como bicudo-da-cana, a praga pode reduzir a produtividade em até 30 t/ha/corte, além de abreviar a longevidade do canavial, há casos que, devido à alta incidência, a renovação da área ocorra no segundo corte.

Atualmente há áreas do estado de São Paulo com índice de infestação superior a 80%. Segundo estudo da Kleffmann, a incidência da praga nos canaviais paulistas avançou 6,7% de 2013 para 2014. De acordo com informações do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o Sphenophorus levis atingiu 150 municípios em 2014 entre os estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e, principalmente, São Paulo – responsável por 54,6% da produção nacional de cana-de-açúcar. Um levantamento da consultoria Datagro Alta Performance indica que a praga está presente em mais de 60% dos canaviais do Noroeste paulista, além do avanço considerável em outras partes do estado, como a região de Assis.

Diante destes números e pela dimensão de danos que pode causar, esta praga é hoje um dos principais desafios do setor sucroenergético. Para Carulina Oliveira, gerente de Marketing Cana, Citrus e Amendoim da BASF, apenas com um posicionamento efetivo dos profissionais do setor será possível controlar a praga e minimizar os prejuízos que tem causado.

“O produtor tem de buscar informações e se mobilizar contra o Sphenophorus, que tem apresentado uma infestação cada vez mais agressiva nas regiões canavieiras do país, com exceção do Nordeste. É uma praga que se consegue controlar, mas é de difícil eliminação”, diz Carulina. Segundo ela, o problema somente poderá ser enfrentado na magnitude que representa hoje para a atividade canavieira na medida em que os profissionais entenderem o risco que oferece para o negócio.

Estimativas indicam que o setor ainda não entrou pra valer na “guerra” contra esta praga. Em 2014, foram tratados mais de 800 mil hectares com a presença da praga. "Porém, estima-se que mais de 3 milhões de hectares estejam infestados", relatou Carulina.

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