Técnicas para incremento de produtividade foram detalhadas por Carlos Daniel Berro, diretor agrícola da Biosev, em live realizada pela CanaOnline
27-08-2020

A Biosev adota medidas para garantir bons índices de produtividade em seus canaviais
A Biosev adota medidas para garantir bons índices de produtividade em seus canaviais

Vinhaça concentrada, adubos foliares e matriz do terceiro eixo são alguns dos segredos da alta produtividade da companhia

Leonardo Ruiz

Ao longo das últimas safras, a Biosev, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, registrou evoluções importantes na produtividade agrícola, medida em Toneladas de Cana por Hectare (TCH). Na última terça-feira (25), o gerente agrícola da companhia, Carlos Daniel Berro Filho, participou de uma live realizada pela CanaOnline em sua página no Instagram. Na ocasião, detalhou algumas das ações empregadas no campo que permitiram incrementar a produção dos canaviais.

Segundo ele, a adubação de soqueira é praticamente toda feita com vinhaça, seja por aspersão ou localizada. “Na localizada, trabalhamos com a vinhaça in natura e não concentrada. Gostamos de colocar uma lâmina que, além de suplementar nutricionalmente, age como uma lâmina de salvamento, o que auxilia muito a brotação durante a safra.” De acordo com o profissional, essas lâminas de 30m³ a 35m³ proporcionam nutrição equilibrada.

A adubação foliar é uma prática que a Biosev vem adotando com mais ênfase a cada safra. Atualmente, são aplicados adubos foliares em cerca de 70% das áreas. “Selecionamos os canaviais de bom perfilhamento e potencial de produção. Só não aplicamos em lavouras de final de safra.” Berro Filho explicou que, nas áreas aplicadas, é feito um complexo que inclui nitrogênio, boro, zinco e molibdênio. Os ganhos médios variam entre 6 a 7 TCH. “Além disso, fazemos aplicação foliar com fungicidas, que dão incremento na fase em que a cana está mais propícia a absorção.”

O diretor agrícola da Biosev destacou ainda a importância do sistema conhecido como Matriz do Terceiro Eixo, que consiste em colher os canaviais seguindo uma lógica de idade, iniciando a safra com as canas mais novas e finalizando com as mais antigas. O objetivo é mitigar e reduzir a exposição dos canaviais a déficit hídrico, em especial daqueles com maior potencial de produção - cana planta e socas de segundo e terceiro corte.

“Entramos na quinta safra em que o sistema está sendo adotado. Ou seja, hoje meu quinto corte, que há cinco anos foi o primeiro corte colhido na melhor época, está com uma condição muito boa de enraizamento, porque demos exposição gradativa a ele durante o segundo semestre.”

Assista a entrevista completa com Carlos Daniel Berro Filho através do link: https://www.instagram.com/tv/CEVJudknNZu/