“Tivemos ano de sacrifício para os canaviais”
17-10-2016

Consultor da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), Oswaldo Alonso já tem longa caminhada no setor sucroenergético. “Tivemos ano de sacrifício para os canaviais”. E é com essa experiência que ele avalia: a safra 2016/17 está repleta de surpresas. “Tivemos estiagens prolongadas, depois chuvas extemporâneas, retorno da seca”, diz Alonso, apenas para citar alguns dos percalços climáticos deste ciclo.

“O clima está distorcido. Final de março e abril seco. Final de maio e começo de junho chuvoso, o que comprometeu muito. Depois final de junho, julho e metade de agosto seco de novo. O canavial está sofrendo com esses estresses malucos.”
Segundo ele, a sensação que se tem é que a produtividade pode cair um pouco nesse ano. Talvez a safra não alcance dezembro, a não ser algumas unidades. Além disso, acredita que a safra deste ano pode deixar reflexos negativos para o próximo ciclo. “É que tivemos um no de sacrifício de muitos canaviais.”
De qualquer forma, a melhoria da rentabilidade do setor tem animado os fornecedores. Segundo Alonso, tanto produtores de cana como usinas já pensam em maior renovação de canavial. “Nesse ano já poderíamos ter tido maior renovação se não fosse a chuva do período de março, que atrasou.”
Segundo ele, nesse ano os fornecedores de cana, em função do clima, não conseguiram entregar bom contingente de cana. Até a qualidade da matéria-prima foi prejudicada. “Mas o tempo de bonança está aí. Só vai aproveitar esse momento de recuperação quem tem cana e quem tiver condição de renovar o canavial.”

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