Tom de otimismo no primeiro dia do Congresso Nacional de Bioenergia em Araçatuba
12-11-2015

Ontem, no primeiro dia do 8º. Encontro Nacional de Bioenergia, uma mesa redonda foi repleta de especialistas de peso no setor sucroenergético: o debate dos 40 anos do Proálcool.

Segundo André Rocha, presidente do Sifaeg e do Fórum Nacional Sucroenergético, o ano de 2015, apesar de toda dificuldade que enfrenta o setor e da crise que se instalou na economia e na política brasileiras, foi de algumas conquistas, como o retorno da CIDE, o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 25% para 27%, e mudanças de ICMS em alguns estados, que valorizaram o etanol e aumentaram o consumo do biocombustível nesses estados.

Mas o maior ganho obtido neste ano, na opinião dele, foi que “conseguimos uma convergência maior entre as entidades do setor. Conseguimos caminhar na mesma direção, no mesmo rumo”. Segundo ele, essas conquistas vieram depois de quase o setor ter sido moído nos últimos sete anos.

Para os participantes da mesa redonda, o momento é de boas expectativas para o setor, principalmente por conta dos bons preços do etanol e melhoria na remuneração com o açúcar. “Em 2015, voltamos a respirar”, lembrou Luiz Carlos Correa Carvalho, presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), mesmo estando o Brasil em um grave quadro de crise econômica.

Na opinião de Celso Torquato Junqueira Franco, presidente da Udop, depois das turbulências que a atividade enfrentou nos últimos anos, “o setor será salvo porque o Brasil precisa disso acima de tudo. Mas principalmente por conta de medidas tomadas para ajudar a Petrobras. E vamos pegar carona nessa ajuda à Petrobras”.

Além disso, os benefícios ambientais dos combustíveis renováveis tendem a ser cada vez mais valorizados. Este ano acontece a COP21 em Paris, em que os biocombustívies e o programa brasileiro de etanol deverá estar em destaque. Atualmente, Luís Roberto Pogetti, presidente da Copersucar, vê com força a retomada das discussões sobre o clima, com crescimento dos debates sobre a taxação do carbono. “E vejo isso de forma positiva. E o etanol está pronto para aproveitar isso como oportunidade”, disse Pogetti.

 

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