Transgenia não será a salvação da lavoura
12-02-2016

Edelclaiton Daros, coordenador nacional da RIDESA e professor da UFPR, explica que as universidades buscam genes próprios, mas a questão é o custo da patente do gene e o custo operacional para conduzir os trabalhos. De qualquer forma, “estamos discutindo e abertos a parcerias, pois temos grandes variedades que poderiam ser transformadas, com ganhos ao produtor”.

No entanto, em sua opinião, o avanço com as pesquisas transgênicas não vai diminuir a importância dos programas convencionais de melhoramento. “Não acredito que as variedades transgênicas serão mais produtivas que as variedades tradicionais, até porque a transgênica é oriunda de uma variedade tradicional e, na maioria dos casos, em outras culturas ela é inferior ou no máximo igual em termos de produtividade.”

Apesar da possibilidade de trazer benefícios para a cultura, Daros lembra que as pesquisas com transgenia em cana levam tempo para serem realizadas, até pela complexidade da cultura. “Evidentemente que, com o tempo, novas variedades serão desenvolvidas pelos programas de melhoramento e, com certeza, são mais produtivas.” De qualquer modo, para ele, a cana transgênica não será a salvação da lavoura, e será sim mais uma ferramenta a ser utilizada pelo produtor.

“Não se deve esperar ganhos significativos, pois ela será cultivada no mesmo ambiente que a tradicional, com todas as limitações e indefinições de manejo de solo, de adubação, da variedade, dos tratos culturais, de mudas e de doenças”, diz Daros.

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