TV UOL mostra desafios dos produtores de cana com a seca no Nordeste
22-03-2017

É um cenário tão seco e devastado que chega a lembrar o Sertão. “Se o inverno começar hoje, vou ter uma redução da safra de 40%. Há locais em que morreu tudo”, diz o fornecedor de cana­ de açúcar, Felipe Neri, que tem propriedades em Lagoa de Itaenga e Carpina, ambas na Mata Norte. E o impacto será grande. As cidades da Mata Norte têm uma gama de empreendedores que desistiram da cultivar um cana­de­açúcar e se tornaram donos de pequenos negócios como postos de gasolina, construtora, entre outros. É o caso de Dionaldo José Barata de Oliveira que passou um fornecedor de cana­de­açúcar aos 16 anos, quando assumiu uma propriedade da família, em Nazaré da Mata, após uma morte do seu pai em 1977. Era uma terceira geração da Família a viver da atividade. ASSISTA AQUI A REPORTAGEM COMPLETA DA TV UOL
”Minha vida era focada na agricultura.” Eram muitas usinas, em duas edições (Barra e Laranjeiras, uma primeira fechou e outra continuação). Em Nazaré, tinha uma Matary, que também fechou. Problemas relacionados com o transporte de mercadorias, incluindo os custos de manutenção de uma empresa, com uma produção de 5 mil toneladas por safra.
Ele vendeu sua propriedade. E, aos 52 anos, voltou a ser estudante num curso de edificações. Ao mesmo tempo, comprar uma área urbana em Vicência, fazer um loteamento e esse foi para o primeiro produto comercializado pela sua construtora. De uma família grande, “incluindo os primos, a família tinha 20 fornecedores de cana” … E hoje? “Não tem mais nada.” Tem uma casca de cachaça na região de Vicência. Na área de agricultura, construção de divisão. Em um ano ou dois. Tenho muita pena, por causa da seca, vi gente que perdeu tudo “.