Um dos focos do Grupo de Motomecanização, ao longo de seus 30 anos, foi a melhor formação dos profissionais do setor
14-11-2016

Em meados dos anos de 1980, a mecanização da colheita da cana-de-açúcar apenas engatinhava no Brasil. Muito aquém do que já se via, por exemplo, no setor canavieiro da Austrália. Naquele período, alguns profissionais do setor sucroenergético brasileiro se uniram para criar o GMEC (Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético).

“O Grupo surgiu na época que iniciava a colheita mecânica no Brasil, embora ainda embrionária, pois se discutia qual o modelo a ser adotado, se seria cana picada ou inteira etc”, conta Dário Sodré, que na época era gerente de manutenção automotiva da Usina Santa Lydia, em Ribeirão Preto, e hoje é consultor da D2G Consultoria.

O alinhamento em cana-de-açúcar no Brasil iniciou-se na década de 1990, quando as primeiras máquinas começaram a ser utilizadas na colheita. Os desafios da mecanização na ocasião era sair do patamar próximo de zero do percentual de colheita mecânica para um número que fosse aumentando gradativamente, mas que em algum momento iria esbarrar na migração da colheita para as atividades de plantio. Portanto, o grupo já antevia que chegaria o momento que o plantio mecanizado da cana-de-açúcar também teria de ser pensado pelo setor.

O GMEC surgiu com o objetivo de buscar conhecimento, ampliar as habilidades dos técnicos e compartilhar as melhores práticas (benchmarking) que existiam em mecanização de cana-de-açúcar. “O objetivo era ter uma melhor qualidade dos serviços de manutenção, métodos mais difundidos para mecanização das operações agrícolas e fortalecimento das pessoas e empresas para atuação juntos aos fornecedores de equipamentos e serviços. Esse trabalho foi ampliado, tendo vários outros pontos de destaque, como a melhor formação de profissionais para atuação no setor.”

MUITAS INICIATIVAS
Desde que o grupo surgiu oficialmente, em 1987, até hoje, muitas iniciativas foram desenvolvidas. Sodré lembra-se de quando os membros do GMEC fizeram uma viagem parar os Estados Unidos para visitar as instalações da Caterpillar, da Case, da Bandag, da International Máquinas - que na ocasião produzia colhedoras de cana -, além de conhecer a Talisman Sugar Mill, na Flórida.

Ao longo de seus trinta anos de história, o grupo realizou inúmeras visitas técnicas a fábrica de máquinas e equipamentos agrícolas e a instalações de fornecedores comuns de serviços e soluções para a mecanização. Uma ação adotada desde o surgimento do GMEC é a realização de pesquisas periódicas e reuniões com fabricantes para discutir soluções de melhorias para seus produtos e serviços.

Suas reuniões ordinárias normalmente são mensais e ocorrem em cada usina participante do grupo. Sodré relata que as pautas são definidas previamente em consenso com os participantes. “Também podemos ter assuntos extras de caráter urgente, tais como legislação específica que afeta o setor, entre outros temas. As visitas e a participação dos fornecedores nas reuniões do GMEC são previamente agendadas e estruturadas com a coordenação do grupo”, afirma.

COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS
O Gmec teve papel fundamental, ao longo das últimas três décadas, no processo de aprendizado e de consolidação da mecanização em cana-de-açúcar no país. Para celebrar esta trajetória e comemorar os 30 anos do grupo, acontece no Hotel JP, em Ribeirão Preto, no próximo dia 23 de novembro, uma solenidade comemorativa.

O evento, além de contar com programação de palestras técnicas, reconhecerá publicamente o trabalho das pessoas que criaram o Grupo, 30 anos atrás, e contribuíram para o seu crescimento. Entre 15 e 20 profissionais do setor serão homenageados.

Para participar do evento, as inscrições devem ser feitas em contato@gmec.com.br, até 16 de novembro. Confira abaixo a programação.

PROGRAMAÇÃO
7h30 - RECEPÇÃO E CREDENCIAMENTO

9h - 9h10 - ABERTURA
Wilson Agapito / Coordenador do GMEC

9h10 - 9h35 - USO ADEQUADO DOS INDICADORES DE MANUTENÇÃO
Ângelo Domingos Banchi / Assiste / Diretor

9h45 - 10h10 - ALTA PERFORMANCE NA COHEITA DE CANA
Luis Gustavo Teixeira / Usina São Martinho / Gerente Agrícola

10h20 - 10h50 COFFEE BREAK

11h10 - A ESTRUTURAÇÃO DO PCM AUTOMOTIVO CORPORATIVO
Rodrigo Zanatto / BIOSEV / Supervisor Corporativo de Manutenção Automotiva

11h45 - 12h10 - A EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO PROGRAMADA DAS COLHEDORAS DE CANA! UMA NOVA VISÃO CONCEITUAL
Dário Wilian Sodré / D2G Consultoria / Diretor
12h30 - 14h ALMOÇO

14h - 14h25 - LIMITES DE PESO NO TRANSPORTE DE CANA_DE_AÇÚCAR _ AUMENTO DE PBTC E DESAFIOS REGULATÓRIOS
Jose Wanderlei Zanardo Martin / Diretor de Engenharia da ACT
João Carlos Tavares Melo / Consultor Especialista

14h45 - 15h10 - A UTILIZAÇÃO DE TRANSBORDOS DE ALTA CAPACIDADE VOLUMETRICA COMO FATOR DE REDUÇÃO DE
CUSTOS DO CTT
Guilherme da Costa Nunes / COFCO AGRI / Gerente Agrícola Unidade Potirendaba

15h55 - 16h20 - A IMPORTANCIA DA FILTRAGEM DE ALTA PERFORMANCE NA REDUÇÃO DE CUSTOS
Edimilson Gomes Leal / Ferrari Agroindústria S.A / Gerente Manutenção Automotiva

16h40 - 17h10 COFFEE BREAK

17h20h - 17h45 - “GAMBIARRAS, ARRANJOS TÉCNICOS OU SOLUÇÕES OPERACIONAIS”
Wilson Agapito / Usina Santa Isabel / Gerente de Motomecanização / Coordenador do GMEC

18h05 - 19h05 - PALESTRA MAGNA
UMA LEITURA DO FUTURO DO AGRO E DA CANA
Marcos Fava Neves / Professor Titular da FEA-RP / USP

19h05 - 19h30 HOMENAGENS DO GMEC
19h30 - 22h COQUETEL DE ENCERRAMENTO E NETWORK


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