Unica defende posicionamento do governo em relação à Amazônia
27-08-2019

 

Em nota, presidente da entidade rechaça tentativas de culpar o governo federal pela situação e elogia o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

REDAÇÃO GLOBO RURAL

A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa as usinas de açúcar e etanol do Centro-sul do Brasil, avaliou, nesta segunda-feira (26/8), que a Amazônia é um dos maiores ativos brasileiros e modelo para países “castigados pela devastação de seus próprios recursos naturais”. Em nota, o presidente da entidade, Evandro Gussi diz reconhecer o compromisso do governo brasileiro para coibir atos criminosos e defende a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Rechaçamos, por outro lado, todas as tentativas de imputar ao governo federal inércia e condescendência com tais práticas criminosas. Somos testemunhas de que não se tem medido esforços para que esses problemas cessem”, diz o comunicado da entidade.

Ex-deputado federal pelo Partido Verde (PV) e autor da lei que institui o programa Renovabio, Evandro Gussi afirma ainda que o ministro Ricardo Salles, quando ocupou a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, ficou conhecido pelo rigor na aplicação das leis ambientais. Na visão dele, Salles tem compromisso com a preservação das riquezas naturais.

“No momento atual, como Ministro do Meio Ambiente tem capacidade e coragem para enfrentar tais desafios”, sem, contudo, mencionar que o atual ministro, na função de secretário estadual em São Paulo, chegou a responder processo por improbidade administrativa relacionado à sua atuação.

 

Gussi ressalta que toda a produção de cana do Brasil está distante da Amazônia. Mesmo assim, a entidade que representa as usinas do setor sucroenergético do Centro-sul afirma acompanhar a situação atual na região com a “devida atenção”. E defende um amplo consenso nacional para eliminar o que classifica como problemas reais e falsas acusações relacionadas à região.

“Colaboraremos com as autoridades e os demais atores da iniciativa privada para que o Brasil continue sendo sinônimo de produtividade e proteção ambiental e seja defendido de acusações falsas, elaboradas, o que é pior, por aqueles que têm lições domésticas importantíssimas a fazer”, diz ele, na nota.

No ano passado, a Unica chegou a se posicionar contra um projeto de lei que permitiria o cultivo de cana-de-açúcar na Amazônia. Na época, a entidade defendeu o cumprimento do Zoneamento Agroecológico para a cultura, que exclui expansões para áreas sensíveis, como o bioma amazônico e o Pantanal.