UNICA: para que o Brasil cumpra o Acordo de Paris, os investimentos precisam ser iniciados o quanto antes
15-09-2016

As metas incluem o crescimento da energia elétrica gerada a partir da biomassa

Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a ratificação do Acordo de Paris sobre mudanças do clima, realizada na manhã da segunda-feira (12/09), no Palácio do Planalto, é um fato histórico para o País, que finalmente transformou intenções em compromissos legais.

O diretor Executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, lembra que a proposta brasileira de combate às mudanças climáticas foi uma das mais arrojadas, justamente pelo enorme potencial que o País apresenta em relação às fontes energéticas não poluentes.

“Com a aprovação final do Acordo, mostramos à sociedade brasileira e ao mundo que podemos ser protagonistas neste processo de transição para um desenvolvimento sustentável. De agora em diante, temos que fazer a lição de casa e elaborar um plano ambicioso para a efetiva implantação das metas previstas para 2030. Para que isto ocorra, os investimentos precisam ser iniciados o quanto antes”, avalia Eduardo Leão.

O Acordo de Paris, celebrado na capital francesa em 12 de dezembro de 2015 e posteriormente assinado em Nova York, no dia 22 de abril deste ano, tem o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais. Para isso, determina metas individuais de cada país para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O Acordo só entrará em vigor depois que 55 países, que juntos representem o total de 55% das emissões globais apresentarem seus instrumentos de ratificação.

No caso do Brasil, a proposta é reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e de 43% até 2030 (com base nos níveis de 2005). Tais metas incluem a maior participação de fontes renováveis na matriz energética, tais como a energia elétrica gerada a partir da biomassa, com previsão de crescimento de mais de 300% em relação a 2014, e do etanol, cujo consumo estimado no País passará dos atuais 28 bilhões de litros por ano para mais de 50 bilhões em 2030.

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