Usina Coruripe “faz chover” em seus canaviais e incrementa produtividade
08-04-2021
Coordenadora de irrigação da Usina Coruripe matriz, Sandra Silva, foi uma das debatedoras da live “Inovações tecnológicas e melhores práticas de manejo para a obtenção de canaviais de alto desempenho”
Leonardo Ruiz
Sem irrigação não tem cultivo de cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro. A prática – que nasceu da necessidade de sobrevivência – é o que permite as usinas e agrícolas da região terem previsibilidade e estabilidade na produção. “Não é exagero falar que, sem a irrigação, perdemos todo o investimento feito na implantação do canavial. É um fator limitante para a produção. Quem irriga, sobrevive”, afirmou Sandra Silva, coordenadora de Irrigação da Usina Coruripe matriz, localizada em Coruripe, Alagoas.
Em 16 de março, a profissional participou da live “Inovações tecnológicas e melhores práticas de manejo para a obtenção de canaviais de alto desempenho”, promovida pelo Encontro Cana Substantivo Feminino On-line, que promoveu 10 lives no decorrer do mês de março com mulheres que atuam no setor sucroenergético. As transmissões ocorreram simultaneamente nas páginas do YouTube, Facebook e LinkedIn da CanaOnline. O evento conta com o apoio da Corteva AgriScience, FMC, Kopper, Microgeo e TELOG.
“Não é exagero falar que, sem a irrigação, perdemos todo o investimento feito na implantação do canavial”, disse Sandra durante a live
Atualmente, a unidade da Coruripe em Alagoas trabalha com diversas modalidades de irrigação. “Iniciamos a safra com as canas das regiões de sequeiro, inclusive de fornecedores que não têm irrigação. Com isso, conseguimos colhê-las com 60 toneladas por hectare (TCH). Se puxássemos as áreas irrigadas para esse primeiro trimestre, conseguiríamos melhores números de produção, porém, as canas de sequeiro perderiam muito, caindo para a casa de 20 TCH a 30 TCH. Por conta disso, procuramos enxergar a produtividade como um todo”, afirmou Sandra. Hoje, as canas com irrigação convencional (carretel) na Coruripe matriz atingem produtividades médias de 70 TCH; as de tubulação enterrada, de 75 TCH a 80 TCH; Pivô, 90 TCH; e gotejamento, 103 TCH.
Durante a live, a coordenadora de irrigação da Coruripe matriz contou que 86% da área total da usina é irrigada, totalizando cerca de 26 mil hectares. Essa água vem de oito barragens localizadas na região. A maior delas tem capacidade de 58 mi/m³ e fornece recursos para irrigar 50% da área da companhia. “O interessante é que essa barragem não serve apenas à Coruripe, mas também à pequenos produtores e pescadores. É um projeto que nasceu em 2010 e que vem beneficiando a região como um todo.”
Canaviais irrigados com Pivô apresentam média de 90 TCH
INFRAESTRUTURA IRRIGAÇÃO NA CORURIPE MATRIZ:
09 – Barragens que armazenam 82.400.000 m³
191 – km de canais
31,4 – km de adutoras
287 – km de rede elétrica de alta tensão
12 – Estações elevatórias
105 – conjuntos montagem direta e auto propelido
11 – Pivôs Lineares
15 – Estações de bombeamento – Gotejo
A live completa está disponível no canal da CanaOnline no YouTube, através do link: https://www.youtube.com/watch?v=llbDGQMGKSo&t
Fonte: CanaOnline