Usina da Paraíba aposta em pesquisas de mestrado e doutorado para melhorar a produtividade
10-03-2015

Para a Miriri Alimentos e Bioenergia, aumentar a produtividade requer investimento em conhecimento e em tecnologia


O crescimento vertical da produção canavieira é hoje um grande desafio agrícola do setor. Para os produtores de cana-de-açúcar da Paraíba, isso não é diferente. Segundo Gilvan Celso Cavalcanti de Morais Sobrinho, diretor da Miriri Alimentos e Bioenergia e presidente do Conselho Diretor do Sindálcool-PB (Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool da Paraíba), o Estado possui poucas áreas para fundação. “Portanto, a estratégia para o aumento da safra tem sido a verticalização da produção, principalmente com uso de tecnologias de irrigação.”

Gilvan conta que, na Miriri Alimentos e Bioenergia, foi incorporado há alguns anos e já começou a usufruir de resultados consistentes do estímulo à realização de vários estudos na área de irrigação. “Foram feitas vinte e seis dissertações de mestrados e seis teses de doutorado, todas na área de irrigação e nutrição de plantas. Começamos a colher os resultados destes conhecimentos”, relata.

A Miriri também iniciou o corte mecanizado, baseado em estudo realizado na Austrália e que está sendo implementado com êxito na unidade. “Nas áreas que foram sistematizadas e plantadas com GPS, temos produção de aproximadamente 850 toneladas por máquina/dia. Introduzimos ainda o plantio mecanizado utilizando a técnica de MPB (Mudas Pré-Brotadas), que também usa na transplantadora o sistema GPS. Esse conjunto de técnicas vai mudar o sistema de plantio e trará ganhos que garantirão receitas líquidas consistentes”, afirma Gilvan.

CONJUNTURA - O diretor da Miriri reconhece que o momento do setor sucroenergético, assim como da economia nacional, não está favorável. Apesar disso, ele espera que a safra 2015/16 (que na Paraíba deve começar no final de julho) seja melhor do que a atual.
Segundo ele, a confiança baseia-se no restabelecimento da CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, anunciada pelo governo federal no início deste ano, e também por acreditar que a equipe econômica está sinalizando positivamente para uma política mais consistente nos preços dos combustíveis do Brasil. Por isso, apesar da conjuntura adversa que a cadeia da cana-de-açúcar atravessa, “estou otimista e acho que uma nova fase está iniciando para o setor sucroenergético em nosso país”.


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