Usina Vale do Rosário instala moderno sistema de câmeras de longo alcance e diminui ocorrência de incêndios em 60%
30-08-2018

As câmeras de longo alcance fazem uma varredura 360 graus durante as 24 horas do dia

Tão eficiente quanto o sistema de monitoramento por satélites, são as câmeras da Usina Vale do Rosário, pertencente ao Grupo Biosev. De projeto piloto em 2017 para uma ferramenta indispensável este ano, a tecnologia já reduziu o número de ocorrências de incêndios em 60% com relação ao mesmo período do ano passado.

O superintendente do Polo Ribeirão Preto Norte da Biosev (composto pelas unidades Vale do Rosário, MB e Continental), Reginaldo Carvalho, explica que as câmeras estão instaladas em torres espalhadas pelos canaviais da empresa, cobrindo uma área de 50 mil hectares. “Essas câmeras de longo alcance fazem uma varredura 360 graus durante as 24 horas do dia. A qualquer sinal de fumaça, elas dão zoom naquela área e emitem um alerta para os operadores do centro de controle.”

A tecnologia, que deve chegar em breve às unidades Leme e Santa Elisa, foi testada primeiro na Vale do Rosário em função do alto volume de incêndios registrados em 2017. “Com tantas ocorrências, tivemos que ir atrás de algo que pudesse nos ajudar a monitorar as áreas e que também aumentasse a velocidade de combate. Porque uma coisa é alguém ver um foco e passar as informações por rádio. Outra, completamente diferente, é uma câmera fazer uma detecção inteligente 24 horas por dia.”

Carvalho ressalta que as câmeras também têm ajudado no combate aos incêndios de origem criminosa. Caso alguém passe de carro e bote fogo no canavial, será possível obter imagens nítidas da placa do veículo até uma distância de 25 km. “Já tivemos situações que conseguimos prender o indivíduo mal-intencionado”, observa.

Outra ferramenta para o combate a incêndios na Biosev é o mapa de criticidade, que classifica as áreas de plantio em uma escala de riscos de incêndio e avalia de que forma implementar estrategicamente as ações preventivas. Esse mapeamento considera como critérios de avaliação a proximidade a fontes de água, tempo necessário para chegada das brigada de incêndio, existência de rodovias ao redor, proximidade de áreas verdes e se há pontos de observação.

“São nas áreas mais críticas que ficam localizadas as equipes da brigada, a postos para qualquer tipo de ocorrência. Procuramos também alocar apenas variedades precoces nesses locais, para que, caso a cana seja queimada durante a época seca, a perda de ATR não será tão grande, pois o canavial estará próximo de sua maturação ideal”, observa o gerente agrícola da unidade Vale do Rosário, Cássio Migliorini.
Entre outras medidas preventivas adotadas pelo Grupo Biosev, em toda as suas unidades, destacam-se: 1) Implantação de aceiros entre as áreas de cultivo e áreas de preservação com seis metros de largura e, também, entre as áreas de cultivo e determinadas zonas de operação agrícola com 3 metros de largura; 2) Instalação de fumódromos nas áreas de vivência; 3) Rotinas de inspeção em equipamentos de combate a incêndio; 4) Manutenção de máquinas agrícolas para evitar vazamento de óleo ou emissão de faíscas; 5) Presença de caminhões-pipa nas frentes de colheita; 6) Equipes de brigadistas treinadas e aptas a auxiliar em caso de incêndios.
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