Usinas paulistas reduziram consumo de água para 1,18 m3 por tonelada de cana
05-02-2015

Veja algumas práticas que podem ser adotadas pelo setor

O uso responsável de recursos hídricos é um dos pilares do Protocolo Agroambiental, firmado entre o setor sucroenergético paulista e o Governo do Estado de São Paulo. Desde sua assinatura, em 2007, as usinas signatárias já reduziram seu consumo específico de 1,89 m3 para 1,18 m3 por tonelada de cana moída. Mais de R$ 42 milhões foram investidos no fechamento e na reutilização da água em circuitos industriais fechados, o que resultou em economia de mais de 106 bilhões de litros de água, o suficiente para abastecer por dois anos uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes. Esta informação é destaca no Relatório de Sustentabilidade da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo (1011-2014).
Como o Portal CanaOnline já apresentou nesta semana, a Usina São Manoel é uma das empresas que mais têm dado exemplo nesta área, com redução em 22% da captação específica por t/cana. O nível de captação na usina está em menos de 1 m³/t de cana (média de 0,76 m3/t de cana).
E são várias as iniciativas adotadas pela São Manoel que podem servir de modelo para outras unidades do setor sucronergético. Uma delas foi a substituição, no processo de destilação, do vapor de escape borbotado nas colunas B por vapor vegetal, o que economiza vapor de escape e, consequentemente, água. Porém, ainda sem alterar a relação vinhaça/etanol. Esta era uma meta da organização, que foi atingida em maio de 2014.
Além disso, a São Manoel alcançou a reutilização de 96% da água necessária ao processo da empresa.
Veja abaixo algumas práticas que podem ser adotadas para melhorar a gestão da água e que foram implementadas pela Usina São Manoel.
• Uso de circuitos fechados de resfriamento de água na destilaria e moenda, com torres de resfriamento projetadas com margem extra (folga) nos gradientes de temperatura.
• Circuito de águas fechado nos aspersores da água nas colunas barométricas.
• Circuito fechado para a água de lavagem de cana inteira e redução da vazão de água pela diminuição da entrada de cana inteira (em processo de eliminação total pela mecanização da colheita de cana).
• Incremento da porcentagem de cana picada, que não utiliza água de lavagem.
• Utilização de regeneradores de calor na área de tratamento de caldo, reduzindo a necessidade de água de resfriamento.
• Reuso de águas residuárias tratadas no Sistema de Tratamento de Águas Residuárias, como fonte de reposição em circuitos de água de resfriamento de multijatos.
• Operação com reboilers (aquecedores indiretos) na destilação, com aproveitamento de condensados nobres de vapor de escape.

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