Usinas reduzem consumo de água para 1 m3/t cana e querem reduzir mais
21-12-2015

Com a adoção cada vez maior de tecnologias que permitem o reuso da água nos processos industriais, setor canavieiro busca diminuir ainda mais esse número

Na década de 1970, a taxa de consumo médio de água pelo setor chegava a atingir 16 m3/t cana. Atualmente, a maioria das usinas trabalha com médias de 1 m3/t cana

Leonardo Ruiz


O Protocolo Agroambiental do setor sucroenergético, assinado em 2007, além de estabelecer a redução do prazo legal de queima da palha de cana-de-açúcar, prevê, também, o desenvolvimento de processos que visem diminuir o consumo de água e aumentar a reutilização da mesma nas unidades agroindustriais do Estado de São Paulo.
Segundo a diretiva H, as usinas signatárias devem implantar um plano técnico de conservação de recursos hídricos, com adoção de técnicas de controle, qualidade e de reuso da água nos processos industriais. O consumo deveria assumir patamares de 0,7 a 1 m3/t de cana processada, dependendo da localização da unidade. Em termos comparativos, na década de 1970, a taxa de consumo médio de água pelo setor chegava a atingir 16 m3/t cana. Em meados de 1990, esse número caiu para 5 m3/t cana.
Com a aproximação do prazo final para adequação ao Protocolo, as usinas começaram a realizar grandes investimentos em tecnologias que permitem o reaproveitamento de água. Atualmente, os sistemas mais consolidados no setor, são:
• Limpeza a seco da cana
• Otimização do processo de preparo de polímero e leite de cal – maximizar o rendimento dos produtos diminuindo o consumo de água e de insumos
• Substituição dos sistemas de resfriamento convencionais tipo “spray” por torre de resfriamento e ou Condensador Evaporativo
• Concentração vinhaça
• Secagem de levedura
• Reaproveitamento da água de rejeito de ETA e OSMOSE
• Resfriamento e recuperação de condensados da planta
• Otimização e recirculação água na coluna CO2
• Aquecimento indireto via reboiller (K1 ou A2) nos aparelhos de destilação
• Sistemas Regenerativos

Juntos, essas ferramentas ajudaram a fazer com que 50% das usinas signatárias alcançassem na última safra a meta pré-estabelecida pelo Protocolo, de apenas 1m3/t de cana processada.

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