Usinas se preparam para voltar a moer a safra canavieira de 2017/18
15-02-2018

A safra 2018/19 terá início em 1º de abril, mas há unidades sucroenergéticas que voltam a moer em março

De acordo com o último relatório de safra divulgado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Unica,no início de fevereiro, 6 unidades ainda estavam processando cana no Centro-Sul, sendo que destas, uma que havia concluído a safra ao final de 2017 voltou a moer na segunda metade de janeiro. Como a cana moída até 1º de abril vai para a conta do ciclo 2017/18, tecnicamente não pode considerar que essas usinas já moem a nova safra.

É o que vai ocorrer com a Biosev, segunda maior esmagadora de cana do mundo, que prevê o início do processamento nas oito unidades do Centro-Sul entre a primeira semana e ao longo da primeira quinzena de março. Repetindo a mesma decisão tomada nos últimos dois anos.

De acordo com a empresa, a prioridade máxima será a produção de etanol, por causa da demanda e preços aquecidos, ao contrário do cenário atual do açúcar.A Biosev iniciou dezembro com estoques de 300 milhões de litros do biocombustível, menos do que em igual período do ano passado. Com a demanda aquecida, a empresa estima vender o etanol produzido em março durante o próprio mês.

A moagem da Biosevatingiu 29,1 milhões de toneladas nos nove meses da safra 2017/2018, valor praticamente em linha com o registrado no mesmo período da safra anterior. O polo Ribeirão Preto (RP) registrou crescimento de 1,6%, com moagem de 15,8 milhões toneladas, enquanto o polo Mato Grosso do Sul (MS) se manteve em linha com os resultados do ano passado, com moagem de 7,3 milhões de toneladas.

O volume de produção de ATR (Açúcar Total Recuperável), medido pelo ATR produto, teve alta de 2,8% em comparação ao mesmo período da safra anterior. Esse crescimento é decorrente principalmente do crescimento de 0,7% no ATR cana, que atingiu 131,9 kg/ton, refletindo principalmente a melhora no manejo dos canaviais e a adequação dos perfis varietais, combinado com ganhos de eficiência industrial.

A produtividade agrícola da companhia, medida pelo TCH (Tonelada de Cana por Hectare), ficou em 80,2 ton/ha no 9M18, aumento de 0,8% em relação ao 9M17, com destaque para o Polo MS, onde a produtividade cresceu 5% no período e o TCH atingiu 85,1 ton/ha, como resultado da aplicação de tecnologia e das boas práticas agrícolas.

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