Variedades para etanol celulósico estão na mira do IAC
08-01-2016

Na primeira publicação de 2016 do Informativo do Programa Cana IAC, o destaque fica por conta das pesquisas do Instituto Agronômico, voltadas ao desenvolvimento de variedades aptas à produção de etanol celulósico. 

O objetivo é desenvolver variedades com alta capacidade de acúmulo de biomassa, que possibilite a produção de mais litros de etanol, por hectare, e tenha custos agrícolas reduzidos. “São essas as características das variedades de cana-de-açúcar para a produção de etanol celulósico – também chamado de segunda geração (2G) – buscadas pelas pesquisas do Programa Cana do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A expectativa é que o IAC disponibilize variedade de cana com esse perfil em três anos”, informa a publicação.

O Programa pesquisa variedades com perfil mais rústico, chamadas de cana-energia, para atender a uma nova indústria de processamento. Os estudos visam identificar variedades com três vezes mais fibras, que serão usadas, principalmente, para a geração do etanol celulósico. No Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto, pré-variedades de cana-energia chegam a seis metros de altura. Paralelamente a este trabalho, o IAC mantém o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar para a indústria convencional.

Para o informativo, o pesquisador do IAC, Mauro Alexandre Xavier, afirma que a cana-energia tem perfil agronômico diferente das variedades utilizadas atualmente. Neste caso, a preocupação sempre foi de aumentar o potencial de acúmulo de açúcares. “São dois produtos diferentes. A cana que será usada para a produção de etanol celulósico tem alto potencial de acumular biomassa, ciclo mais curto e altos teores de fibra”, afirma.

O pesquisador do IAC explica que um hectare plantado com cana-energia tem potencial para gerar até 20 mil litros de etanol, no primeiro corte, com produtividade de 250 toneladas de biomassa, por hectare. Para
se ter ideia, um hectare de cana com as variedades tradicionais conseguem produzir cerca de nove mil litros de etanol e 150 toneladas de biomassa, por hectare, também no primeiro corte.


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