Veja como o clima tem afetado a safra 2016/17
18-10-2016

No início da safra 2016/16, entidades e empresas de consultoria previram uma moagem entre 600 e 640 milhões de toneladas.
Segundo Dib Nunes, diretor do Grupo IDEA, naquele momento o ideal era esperar um pouco mais para se ter uma previsão mais pé no chão, diante da seca que se verificava no mês de março. “Esperamos a safra começar.”
Vieram, então, fenômenos climáticos que muito chamaram a atenção de Dib Nunes nos últimos anos: “além da redução acentuada e repentina de chuvas no mês de abril a partir de final de março, tivemos uma inversão de fatores climáticos, ou seja, tivemos queda significativa na radiação solar, e tivemos uma elevação de temperatura jamais vista. Teve região até com 4 graus acima da média histórica, mostrando pra nós o que seria o efeito estufa no caso de termos uma inversão climática.”
Ele conta ainda que a evapotranspiração foi tão forte no período que as plantas perderam mais água do que conseguiram absorver. Com raízes superficiais pelo excesso de chuva em período anterior, as canas não resistiram. “Não conseguiram buscar água mais embaixo.”
O resultado foi que a cana retrocedeu e quebrou a produtividade na hora de completar o crescimento. Então, em algumas regiões em que esses fenômenos foram mais intensos, verifica-se queda de 15% na produção, como no Noroeste e Sul de SP, e regiões de Campinas, Jaú e Piracicaba.
Segundo ele, não foram todas as áreas do estado afetadas, mas há uma quebra de safra em vários pontos. “Por isso, hoje uma previsão de safra de 580 milhões de toneladas é extremamente possível de acontecer. Ou seja, entre 50 e 60 milhões de t a menos.”

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